Charles Milles Manson, um dos criminosos mais famosos do século XX, morreu nesta segunda-feira (20), aos 83 anos, em um hospital no condado de Kern, no estado americano da Califórnia. O Departamento de Correção e Reabilitação do estado informou que a morte ocorreu por “causas naturais”, sem fornecer maiores detalhes.
Nos anos 60, os seguidores da seita apocalíptica que ele liderava na Califórnia, conhecida como “A Família Manson”, foram responsáveis pelo assassinato em série de nove pessoas. As atrocidades deixaram a sociedade americana em choque e geraram uma onda de pânico no país.
Os crimes cometidos pela seita tinham a intenção de jogar a culpa nos afro-americanos e provocar uma guerra racial. O assassinato de sete pessoas em mansão, em 1969, – entre elas a atriz Sharon Tate, esposa do cineasta Roman Polanski, grávida de oito meses – levou Manson à prisão. Ele não participou da matança, mas ordenou que seus discípulos se encarregassem das execuções.
Em 1971, Manson havia sido condenado à morte na câmara de gás, mas a sentença foi comutada para prisão perpétua após o estado da Califórnia abolir a pena capital. Durante os anos em que esteve preso, Manson somou centenas de sanções por mau comportamento. Nas últimas duas décadas, ele se negou a comparecer às audiências para liberdade condicional.
Em entrevista à revista “Vanity Fair” em 2011, Charles Manson se descreveu como um homem “mesquinho, sujo, fugitivo e ruim”, afirmando que foi condenado por representar “a vontade de Deus”. (Com agências internacionais)