O serviço secreto do Reino Unido, o M15, frustrou um plano do “Estado Islâmico” para matar a primeira-ministra britânica, Theresa May, informaram nesta terça-feira (5) o jornal “The Independent” e o canal de televisão SkyNews.
Membros do governo ouvidos por ambos os veículos afirmaram que o plano visava o uso de uma bomba, escondida em uma bolsa, para explodir os portões da residência oficial do chefe de governo, no número 10 da Downing Street, e matar May a golpes de faca.
O plano e a interrupção da ação dos criminosos foram revelados por David Anderson, diretor do MI5, aos integrantes do gabinete da primeira-ministra britânica. Segundo o agente, pelo menos dois homens teriam sido presos por ligação com o plano: um em Londres e outro em Birmingham.
Durante a reunião com a assessoria de Theresa May, o diretor do M15 apresentou relatório que revela que as forças de segurança britânicas tiveram chances de evitar o atentado após o show da cantora pop Ariana Grande, na Manchester Arena, que deixou 22 mortos em maio.
No documento, o serviço secreto avalia que não foi dada a devida importância às conexões do autor do ataque, Salman Abedi, com o terrorismo. Semanas antes, o nome de Abedi foi retirado de uma lista de 20 mil pessoas sob monitoramento rigoroso.
Do relatório também consta a informação de que autoridades investigavam Khuram Butt, um dos responsáveis pelo atentado na London Bridge, um dos pontos turísticos da cidade, por suspeita de terrorismo. Butt estava em liberdade condicional por crime comum.
O diretor M15 afirma que pelo menos nove ataques foram frustrados desde março. Assessores da primeira-ministra Theresa May não confirmaram as informações reveladas pela imprensa local.