Rodrigo Maia muda de opinião mais uma vez e diz que pode ser candidato à Presidência da República

Conhecido pelo “efeito gangorra” de suas declarações nada confiáveis, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), talvez pressionada pelo seu partido, o Democratas, mudou o discurso em relação à corrida presidencial. Há dias, Maia disse que não era candidato à sucessão do presidente Michel Temer (MDB), mas agora considera a possibilidade de entrar na disputa.

Em Washington, Rodrigo Maia admitiu, nesta quarta-feira (17), que poderá ser candidato ao Palácio do Planalto, caso as pesquisas de intenção de voto apresentem cenário favorável a ele. “Hoje não, eu tenho 1% nas pesquisas. No dia em que eu tiver 7%, as coisas melhoram muito”, declarou o parlamentar ao responder pergunta sobre sua eventual candidatura.

Durante evento no “Brazil Institute” do Wilson Center, na capital norte-americana, Maia defendeu uma agenda de reformas que leve à reestruturação e ao equilíbrio fiscal do País, o que permitiria a criação de programas sociais sustentáveis. Ou seja, Maia mais uma vez apela à ciclotimia discursiva para ludibriar a opinião pública, depois de ter dificultado, em alguns momentos, a aprovação de matérias de interesse do governo.

O presidente da Câmara afirmou que o Bolsa Família, por exemplo, não é um “bom programa social” por não oferecer ao beneficiário uma porta de saída.


“Criar um programa para escravizar as pessoas não é um bom programa social. O programa bom é onde você inclui a pessoa e dá condições para que ela volte à sociedade e possa, com suas próprias pernas, conseguir um emprego”, disse o democrata.

Na opinião de Rodrigo Maia, que parece ter descoberto o inusitado, o programa Bolsa Família gera “dependência”. “Essa dependência atrela as pessoas ao Estado”, disse o deputado, que precisa admitir que o mencionado programa funcionou nos últimos anos como ferramenta para manter um obediente curral eleitoral que despejou votos no PT e seus “puxadinhos ideológicos”.

“É engraçado que o Brasil cresceu tanto no governo do PT e o número de pessoas dependentes do Bolsa Família aumentou. Tem alguma coisa errada. Se o Brasil está ficando mais rico, por que há mais pessoas pobres dependentes do Bolsa Família? Essa era uma distorção grande.”

Sobre a “porta de saída” para os beneficiários do Bolsa Família, Maia disparou: “Como é que você dá condições para o cidadão pobre brasileiro, que depende do Bolsa Família, que o filho dele tenha uma condição de escolaridade, uma condição de saúde, cursos profissionalizantes para que ele possa sair da dependência e possa gerar sua própria renda”.

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