O mercado financeiro reduziu a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2018 para 2,66%. Até a última semana, a projeção dos economistas era de crescimento de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
A informação consta do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (29), com projeções para os principais indicadores econômicos. Ao longo de quatro semanas, a expectativa estava mantida em crescimento de 2,7% para 2018. A projeção do mercado está abaixo do crescimento estimado pelo governo federal, de 3%.
Por outro lado, a projeção para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi mantida em 3,95% para este ano, mesmo índica da última semana.
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, a aposta é de 6,75% ao ano, projeção mantida nas últimas quatro semanas. Em 2017, a Selic atingiu a mínima histórica, de 7%, e houve sinalização de mais reduções ao longo deste ano. A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa, acontecerá na próxima semana, nos dias 6 e 7 de fevereiro.
O Boletim Focus traz também estimativas para 2019. Nesta edição, a estimativa de crescimento do PIB aumentou de 2,99% para 3%, em relação à última semana. O IPCA foi mantido em 4,25%.
A manutenção dos números divulgados no Boletim Focus depende de fatores políticos, como, por exemplo, a aprovação da Reforma da Previdência no Congresso Nacional e o desenrolar do cenário eleitoral, que tornou-se mais complexo com a confirmação da condenação do ex-presidente Lula, pelo TRF-4.
Além disso, a crise institucional que só aumenta e a insegurança jurídica que brota das instâncias superiores do Judiciário são consideradas ameaças ao melhor desempenho da economia nacional, que a duras penas conseguiu sair do atoleiro e já dá os primeiros passos de forma confiante.
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