Nove entre dez brasileiros sabiam que em algum momento Lula e seus “camaradas” ficariam descontentes com a atuação de Cristiano Zanin Martins na defesa do petista-mor, cuja condenação foi confirmada pelo Tribunal regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que aumento a pena para doze anos e um mês de prisão.
Apostando na impunidade e acreditando estar acima da lei e de todos, Lula, o alarife do Petrolão, confiou na estratégia suicida de Zanin Martins: a de desafiar o Judiciário, quando no máximo deveria enfrentar os julgadores com base nos autos e no que dispõe a legislação vigente. É fato que ao advogado cabe defender o cliente, mas em alguns casos é melhor entrar em cena ciente do crime cometido pelo contratante.
Não obstante, Lula partiu para o confronto, lançando ataques consecutivos ao juiz Sérgio Moro e aos desembargadores da 8ª Turma do TRF-4. Todo magistrado julga com isenção – é o que se espera de um juiz – mas não se pode negar que a estratégia suicida teve efeito rebote. Ou seja, causou efeitos contrários.
A insatisfação com o desempenho de Cristiano Zanin Martins levou pessoas próximas a Lula a sugerir ao ex-metalúrgico a contrata de novo advogado, de preferência um “medalhão” com bom trânsito nas instâncias superiores da Justiça (STJ e STF). O que pode não resolver a difícil situação em que se encontra Lula.
Ainda sem explicar como consegue custear uma defesa cara, exuberante e pirotécnica, Lula, que declarou em juízo receber mensalmente R$ 30 mil, conta também com o conhecimento jurídico do australiano Geoffrey Robertson, conhecido advogado especializado em direitos humanos e com elegante escritório em Londres. Robertson representa os interesses do ex-presidente da República no Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. E esse tipo de contratação custa muito dinheiro.
A informação de que Lula deveria contratar um “medalhão” do Direito Penal é uma afronta ao reconhecido talento do criminalista José Roberto Batochio, que há muito integra a defesa do petista, mesmo que o protagonismo da defesa ficado a cargo do histriônico Zanin Martins. O que ao final das contas foi bom para Batochio. É importante ressaltar que criminalistas do chamado “primeiro time”, em caso complexos como o de Lula, começam a falar em honorários a partir da cifra de R$ 5 milhões.
Uma das sugestões em termos de nomes do Direito que surgiram nas últimas horas para assumir a defesa de Lula foi o advogado Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF e próximo da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. A primeira justificativa para a recusa de Pertence foi a de que haveria conflito de interesses, pois o ex-ministro é responsável pela defesa do banqueiro André Esteves (leia-se BTG Pactual).
Em seguida surgiu a informação de que Sepúlveda Pertence desistiu de assumir o caso pelo fato de não poder assumir o protagonismo da defesa de Lula, da qual Zanin Martins não abre mão. É de conhecimento público que Sepúlveda Pertence é amigo de Lula há anos, mas ninguém madruga para fazer caridade a corrupto. Em outras palavras, contratar Pertence exige muito dinheiro em caixa. E até agora Lula não conseguiu explicar o milagre da multiplicação, pois com R$ mil reais de renda por mês não se consegue alçar voos mais ousados no Brasil.
Há nesse enxadrismo jurídico uma questão que chama a atenção e pode gerar especulações: Sepúlveda Pertence, que é amigo de Lula, defende o banqueiro André Esteves, instituição financeira pela qual o petista nutre excessiva simpatia. Anote!
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