Datafolha leva o PT a retomar politização da condenação de Lula, o protagonista do Petrolão

O Partido dos Trabalhadores vive um momento de ciclotimia político-eleitoral diante da difícil situação de Lula, o alarife do Petrolão. Diante da decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de confirmar e aumentar a pena (12 anos e 1 mês de prisão) imposta ao ex-metalúrgico, o PT voltou a politizar o julgamento e a condenação, depois de recuo estratégico para não piorar o quadro.

Com expectativa de que a 8ª Turma do TRF-4, com sede em Porto Alegre, rejeitará o recurso impetrado pela defesa, alguns petistas estrelados insiste na contratação de um advogado “medalhão” e com bom trânsito nas instâncias superiores do Judiciário. O que pode não mudar o cenário atual, já que a pressão popular da opinião pública sobre o STJ e o STF tende a crescer de forma exponencial.

É sabido que, via de regra, magistrados não se deixam pressionar, mas a essa altura dos acontecimentos nenhum integrante das Cortes superiores quer correr o risco de passar constrangimento semelhante ao enfrentado pelo ministro Gilmar Mendes (STF), hostilizado durante voo para Goiânia. O UCHO.INFO é radicalmente contra esse tipo de manifestação, mas trata-se da radiografia do momento nacional.

Sem perder uma chance sequer para politizar a condenação de Lula, o PT, por meio de nota, afirmou que a pesquisa Datafolha, cujos resultados foram divulgados nesta quarta-feira (31), mostra que uma eleição sem a participação de Lula é cassar o direito de voto da maioria dos eleitores brasileiros.

“Excluir Lula do processo eleitoral significaria cassar o direito de voto da grande maioria dos eleitores, o que lançaria o país numa crise política e institucional de consequências imprevisíveis, mas inevitavelmente trágicas”, ressalta a nota do PT.

“Mesmo condenado por julgadores injustos e massacrado pelas manchetes e editoriais, Lula não perdeu um só voto. Ao contrário, sua vantagem sobre os adversários cresceu nas simulações de segundo turno”, emenda o comunicado.


A direção nacional do partido enfatiza que “a opção por Lula cresce na medida em que o governo ilegítimo tenta desconstruir o legado de desenvolvimento com inclusão social dos governos do PT; na medida em que os golpistas retiram direitos, entregam nossa soberania e aprofundam a crise social”.

Aos petistas cabe o direito de espernear e sonhar à vontade, mas é preciso lembrar que a lei vale para todos e que Lula não está acima de ninguém e muito menos da legislação vigente no País.

Inconformada com a possibilidade de o partido ruir na esteira da condenação do ex-presidente, a cúpula do PT alega que “uma eleição sem Lula agravaria ainda mais a incerteza e a insegurança que estamos vivendo desde o golpe do impeachment”, ao mesmo em que alerta para o fato de que a responsabilidade recairá sobre aqueles que “insistem em afastá-lo à força de farsas judiciais como as de Curitiba e Porto Alegre”.

Lula e seus quejandos participaram do maior e mais ousado esquema de corrupção da história da Humanidade, o Petrolão, mas preferem ignorar os fatos, como se as investigações da Operação Lava-Jato não tivessem demonstrado o envolvimento dos “companheiros” no acintoso assalto aos cofres da Petrobras.

Fato é que o plano petista de perpetuar o partido no poder com a ajuda do dinheiro imundo da corrupção fracassou, exigindo dos “camaradas” a encenação de uma ópera bufa que não convence ao mais desavisado dos cidadãos, apenas porque Lula deseja escapar da prisão.

Sobre as ameaças recorrentes do partido, que promete “incendiar” o País caso Lula seja impedido de concorrer à Presidência, tudo não passa de retórica pífia de covardes. Fizeram o mesmo por ocasião do impeachment de Dilma Rousseff, mas nada aconteceu.

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