Lula apresenta-se como defensor dos pobres, mas Odebrecht mostra o pária em que o petista se transformou

(Ricardo Stuckert – Divulgação)

Exigir coerência na política é tarefa hercúlea, como sempre afirma o UCHO.INFO. A missão torna-se impossível quando em voga estão a obsessão pelo poder e a necessidade de um mandato (leia-se foro privilegiado). É o caso do petista Lula, alarife primeiro do Petrolão, maior e mais ousado esquema de corrupção da história da Humanidade.

Inelegível por conta de condenação à prisão (12 anos e 1 mês) no âmbito da Operação Lava-Jato, Lula continua desafiando a Justiça e insistindo em uma candidatura que é legalmente impossível. Contudo, como o Brasil é o paraíso do jeitinho e até o Judiciário nacional está aparelhado, tudo é possível.

Abusando da credulidade da parcela incauta da população, Lula disse durante discurso a integrantes do MST, em Belo Horizonte: “Eles estão lidando com um ser humano diferente. Porque eu não sou eu, eu sou a encarnação de um pedacinho de célula de cada um de vocês”.

A Constituição brasileira garante a qualquer cidadão o livre direito à manifestação, pilar do modelo democrático, mas só ignaros acreditam em palavrório tão insano e visguento. Lula tem o sacro direito de falar o que quiser, só não pode ludibriar a opinião pública porque precisa de um mandato eletivo para escapar da prisão.

Esse bom-mocismo de Lula, fruto de sua conhecida desonestidade intelectual, cai por terra em questão de minutos quando esmiúça-se as investigações em que o petista é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e crimes correlatos.

Enquanto tenta passar aos seus aduladores uma imagem de homem público preocupado com os desvalidos, Lula revela-se o oposto nas entranhas do escândalo do Petrolão. Não porque a corrupção é um crime hediondo, o que de chofre merece repulsa, mas porque detalhes das investigações revelam um ser humano de fato diferente, desalmado e desprovido de piedade. Um pulha com todas as letras.


Entre os e-mails entregues às autoridades da Lava-Jato pelo empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht, beneficiado por acordo de colaboração premiada, uma mensagem expõe a lufada de canalhice que ronda Lula e sua horda.

Os citados e-mails tratam da compra do terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula, que é objeto de ação penal, mas um deles chama a atenção pela sordidez do remetente. O advogado Roberto Teixeira – compadre de Lula (é padrinho de Lurian Lula da Silva) e defensor do ex-metalúrgico na Lava-Jato – solicita a Odebrecht a contratação de uma empresa especializada em “negociar desocupação”.

Por mais estranho que possa parecer o pedido, Teixeira queria se ver livre de três famílias que haviam invadido o respetivo terreno. Em e-mail enviado a Marcelo Odebrecht, o executivo Paulo Melo destaca que o pleito de Teixeira – expulsar os sem-teto – custaria R$ 200 mil.

Na mensagem trocada entre Odebrecht e Melo não há menção ao nome da empresa que seria contrata para o “serviço”, mas o pedido em si é uma maiúscula heresia, se considerarmos que Lula se apresenta como defensor dos pobres. Aliás, o próprio Lula ficou furioso porque a Justiça reteve seu passaporte após condenação no TRF-4, impedindo sua participação em evento sobre combate à fome em Adis Abeba, capital da Etiópia.

Como sempre destaca este portal, ninguém pode ser mais direitista do que um representante da esquerda no poder. E Lula, o mandrião da Lava-Jato, faz jus a tal pensamento, pois sua desonestidade como político é monumental.

Em qualquer país razoavelmente sério e com autoridades imbuídas do próprio dever, Lula já teria sido varrido da política e estaria a contemplar o nascer do astro-rei de forma geometricamente distinta. Porém, nessa república bananeira em que se transformou o Brasil, um condenado por corrupção – outras condenações estão a caminho – lidera as pesquisas de opinião sobre a corrida presidencial.

Há quem diga que cada povo tem o governante que merece. E pelo jeito a sociedade brasileira está disposta a ser vilipendiada em seus direitos, pois é inaceitável que um delinquente de quatro costados ouse se candidatar a cargo público.

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