A Coreia do Norte está disposta a dialogar com os Estados Unidos, disse no domingo (25) o general Kim Yong-chol, um funcionário do alto escalão do regime norte-coreano ao presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, segundo a presidência sul-coreana.
Pouco depois, Casa Branca afirmou esperar que a oferta de diálogo seja “o primeiro passo no caminho para a desnuclearização” da Península Coreana e que os Estados Unidos esperam agora que o regime de Pyongyang dê provas de que está mesmo disposto a manter conversações.
Os comentários do representante de Pyongyang, responsável pelas relações intercoreanas, aconteceram durante uma reunião entre Moon e a delegação norte-coreana presente à cerimônia de encerramento dos Jogos de Inverno de Pyeongchang. A reunião aconteceu pouco antes da cerimônia.
No encontro de uma hora de duração, Moon insistiu sobre a necessidade de haver um diálogo entre os EUA e a Coreia do Norte num futuro próximo, o que servirá também para melhorar as relações entre Pyongyang e Seul, detalhou o escritório presidencial.
Neste sentido, Seul afirmou que “a delegação norte-coreana também se mostrou de acordo quanto às relações entre a Coreia do Norte e os EUA terem que se desenvolver de maneira conjunta com a relação entre as duas Coreias” e apontou que o governo de Pyongyang “está muito disposto a manter um diálogo com os EUA”.
Durante o encerramento dos Jogos de Inverno na Coreia do Sul estavam presentes as comitivas enviadas por Pyongyang e Washington, lideradas, respectivamente, por Kim Yong-chol e por Ivanka Trump, filha e assessora do presidente Donald Trump.
Ambas as partes se mostraram inicialmente contrárias a um encontro durante o evento olímpico. A Coreia do Norte classificou as últimas sanções unilaterais dos Estados Unidos como um ato de guerra, conforme indica um comunicado da agência de notícias norte-coreana KCNA.
Na passada sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou as novas medidas para isolar a Coreia do Norte, definindo-as como as sanções mais pesadas já impostas ao país.
Os Jogos de Inverno serviram para uma histórica aproximação entre as duas Coreias e, neste cenário, Seul insistiu que também busca uma distensão entre Pyongyang e Washington. (Com agências internacionais)