Corpo da atriz Tônia Carrero, a “diva do teatro brasileiro”, será cremado na tarde desta segunda-feira

O corpo da atriz Tônia Carrero, que morreu na noite de sábado (3), será cremado às 15 horas desta segunda-feira (5) no cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio de Janeiro. A artista teve uma parada cardíaca durante um procedimento cirúrgico na Clínica São Vicente, na Zona Sul carioca.

Tônia Carrero, que estava com 95 anos, foi diagnosticada com hidrocefalia em 1999. A doença consiste em acúmulo de líquido, o que provoca pressão no cérebro e afeta os movimentos e a fala.

Durante o velório, que aconteceu no Theatro Municipal do Rio, Tônia Carrero recebeu homenagens do filho, Cécil Thiré, de netos, bisnetos e amigos da televisão e do teatro. Considerada uma diva da TV, cinema e teatro brasileiro por conta de sua incontestável beleza, a atriz foi aplaudida.


Nascida Maria Antonieta de Farias Portocarrero, em 23 de agosto de 1922, Tônia estreou no palco com a peça “Um Deus Dormiu Lá em Casa”, no Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo, ao lado do ator Paulo Autran. Seu último trabalho na televisão foi na telenovela “Senhora do Destino”, em 2004.

O projeto “Brasil Memória das Artes”, da Funarte, classifica Tônia Carrero como “diva e dama” e “referência de beleza, inteligência e talento na história do teatro brasileiro”.

Tônia começou na televisão na década de 60, a convite do autor Vicente Sesso, para participar da novela “Sangue do Meu Sangue”, ao lado de Fernanda Montenegro e Francisco Cuoco. A novela de Sérgio Britto foi exibida em 1969 pela TV Excelsior.

Um dos personagens mais marcantes de Tônia foi a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson, em “Água Viva” (1980), novela de Gilberto Braga. Três anos mais tarde, em 1983, Tônia volta a trabalhar com Gilberto Braga, desta vez em “Louco Amor”, na pele da personagem Mouriel.

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