Gary Cohn, principal assessor econômico do presidente dos Estados Unidos, o estabanado e histriônico Donald Trump, renunciou ao posto na terça-feira (6). O banqueiro de Wall Street é contra o aumento nas tarifas de importação de aço e alumínio anunciada pelo republicano, que continua governando a maior potência global com a mesma destreza com que levou o seu cassino à bancarrota.
“Foi uma grande honra servir ao meu país e promulgar políticas econômicas pró-crescimento para beneficiar a população americana, especialmente, a aprovação da reforma tributária histórica. Sou grato ao presidente por me dar essa oportunidade e desejo a ele e a sua administração muito sucesso no futuro”, destacou Gary Cohn em comunicado divulgado pela Casa Branca.
O veterano banqueiro de Wall Street ocupou o cargo de diretor do Conselho Econômico dos EUA por pouco mais de um ano e é considerado o arquiteto da reforma tributária aprovada pelo Congresso americano em dezembro. Ex-presidente e diretor de operações do banco de investimentos Goldman Sachs, Cohn era uma das principais vozes contrárias ao protecionismo defendido por Trump.
A renúncia de Cohn chega poucos dias após o anúncio de Trump sobre a taxação do aço e do alumínio, medida irresponsável que pode provocar uma guerra comercial ao redor do planeta. Isso porque Trump precisa cumprir as obtusas e irresponsáveis promessas de campanha.
O governo americano pretende impor tarifas de 25% nas importações de aço e 10% nas de alumínio, materiais que são essenciais para os setores de construção e manufatura, alegando que as taxas protegem os produtores americanos e devem fomentar a criação de postos de trabalho.
Cohn tentava convencer o presidente a rever a absurda decisão, mas Donald Trump manteve-se inflexível e reiterou, na terça-feira, que não desistirá da taxação. Até porque, a personalidade histriônica e doentia de Trump não permite gestos de grandeza como o reconhecimento de um erro.
A medida foi criticada pela comunidade internacional. A União Europeia (UE) e diversos países, como China, Brasil, México, Canadá e Índia, alertaram que a decisão dos EUA pode provocar um efeito dominó e pedem que o governo americano reveja a taxação. (Com agências internacionais)