Em 4 de março de 2016, horas após ser conduzido coercitivamente para depor no âmbito da Operação Lava-Jato, o ex-presidente Lula disse, em tom de ameaça e deboche: “Se quiseram matar a jararaca, não fizeram direito, pois não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva”.
Naquele momento, o petista-mor tentou passar a mensagem de que era vítima de perseguição por parte do Judiciário e que sua honestidade não poderia ser questionada. O tempo passou e a situação do ex-metalúrgico piorou de forma devastadora.
Mesmo assim, meses depois, o petista afirmou ser a pessoa mais honesta do País. De novo o tempo passou e Lula viu a sua falsa profecia desmoronar à sombra de um incontestável conjunto de provas. Condenado a doze anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do apartamento tríplex, o ex-presidente tenta a todo custo escapar do cárcere.
Para levar adiante esse plano mirabolante, Lula conta com uma defesa milionária, integrada por renomados advogados, como, por exemplo, Roberto Batochio e Sepúlveda Pertence. Ainda sem explicar como consegue custear os honorários dos seus defensores, o líder petista decidiu há algumas semanas pressionar os juízes que podem livrá-lo da prisão ou, então, manda-lo de vez para o cárcere.
Acumulando seguidas derrotas no Judiciário, a defesa de Lula resolveu pressionar a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, que tem resistido às investidas coordenada por Sepúlveda Pertence, ex-presidente da Corte.
Sem convencer a presidente do Supremo a colocar em pauta matérias que poderiam evitar a prisão do cliente, Sepúlveda mudou o foco e agora passa a mirar o ministro Luiz Edson Fachin, um petista conhecido e que não provocaria surpresa se concedesse habeas corpus em favor de Lula em caso de prisão.
Caberia a Fachin, um “devoto” de Dilma Rousseff, colocar “em mesa” um pedido de habeas corpus em favor de Lula. Como já afirmou o UCHO.INFO, a inelegibilidade de Lula é um prêmio inenarrável, mas, mesmo assim, defendemos que a prisão após decisão de segundo grau deveria ser levada ao plenário do STF para acabar com as especulações, principalmente por parte de petistas.
Na verdade, a prisão de Lula, cada vez mais iminente, integra um plano do PT para transformar o ex-presidente da República em vítima, o que em tese poderia ser utilizado no caso de transferência de votos. Se for preso e, na sequência, a reboque de um habeas corpus de encomenda, colocado em liberdade, Lula rapidamente se transformará no herói de parte da população, que continua acreditando nas falácias de um partido que está mais para organização criminosa.
É fato que ninguém deve se render à pressão do PT ou de qualquer outro partido político, muito menos o Supremo, mas é preciso acabar com as possibilidades de Lula capitalizar a sua prisão. A política nacional precisa passar por urgente assepsia, sendo o Partido dos Trabalhadores alvo da mais importante faxina.