Delegado de Ubá, em Minas Gerais, descarta participação de dono de veículo na morte de Marielle Franco

O delegado Gutemberg Souza Filho, titular da delegacia de Ubá (MG), descartou a participação do proprietário do veículo suspeito encontrado no município, no domingo (18), no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O veículo Logan, da marca Renault, é semelhante a um dos automóveis usados na emboscada e foi localizado graças a denúncia anônima.

O proprietário foi interrogado por policiais e, segundo o delegado, não há elementos que o liguem, em princípio, à morte de Marielle e Anderson. “Ele negou. Não temos elementos para comprovar a participação dele”, disse Gutemberg.

De acordo com o delegado, o automóvel foi periciado, mas não houve indícios de sua utilização no crime. Mesmo assim, o veículo, que tem placa do Rio de Janeiro, continuará apreendido, para aprofundar a investigação.


Imagens de câmeras de segurança mostram que, além de um automóvel Renault Logan, outro, da marca GM, modelo Cobalt, também participou da perseguição que terminou na morte de Marielle e Anderson, no bairro do Estácio, na noite da última quarta-feira (14).

É importante salientar que, independentemente de que sejam os assassinos, os veículos usados no crime podem ser clonados, o que de certa forma dificultará as investigações, pois os assassinos não deixaram os veículos durante o período em que aguardavam a saída de Marielle Franco de um evento na capital fluminense.

Por outro lado, não se pode vincular a solução do caso ao sucesso da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, uma vez que a operação precisa de tempo para mostrar algum resultado positivo. Como a esquerda nacional vem criticando duramente a intervenção no RJ, não causa surpresa o fato de alguns adeptos da corrente ideológica tentar vincular o crime à presença de forças militares no Estado. O que não deixa de ser uma enorme leviandade. (Com ABr)

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