Protesto contra Lula em Bagé mostra que ex-presidente caiu em desgraça junto à opinião pública

Há dias, o Partido dos Trabalhadores, por meio de sua presidente, a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann, pediu à militância reforço nas contribuições para custear a caravana de Lula pelo sul do País, pois o valor arrecadado até então era insuficiente para custear a mais nova investida do ex-metalúrgico, que entre tantos luxos só voa em jato executivo.

Nesta segunda-feira (19), o périplo sulista de Lula começou pela cidade gaúcha de Bagé, mas a polícia precisou entrar em ação para evitar que partidários e adversários do condenado ex-presidente da República não entrassem em confronto.

Com um número de simpatizantes do petista muito menor do que o esperado, os organizadores da caravana foram obrigados a mudar os planos em Bagé, onde o contingente de adversários de Lula fazia sombra aos “companheiros”.

Mais de 150 produtores rurais, com bandeiras do Brasil e envergando os tradicionais trajes gaúchos, reuniram com seus tratores diante da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), onde Lula discursou.

Presença cativa nas manifestações contra o petista-mor, o boneco “Pixuleco” – Lula vestido de presidiário e na cadeia – era exibido por uma das máquinas agrícolas, o que irritou os seguidores do condenado na Operação Lava-Jato.


Enquanto um grupo cantava “Lula, ladrão, teu lugar é na prisão”, o outro respondia “Lula, guerreiro do povo brasileiro”. A caravana, formada por apenas três ônibus brancos, precisou de escolta policial para adentrar a Unipampa. O que mostra que a popularidade de Lula não é tão grande quanto tentam mostrar as pesquisas de opinião.

“A direita fascista deveria ter vindo protestar quando criei a Unipampa, porque a elite nunca quis que o pobre tivesse acesso à universidade”, afirmou Lula ao falar sobre a manifestação dos contrários à sua passagem pela cidade do Rio Grande do Sul.

Presidente da Associação Rural Bagé e organizador da manifestação contra o petista, Rodrigo Moglia rebateu a declaração de Lula e afirmou que nos dias atuais quem discorda da esquerda é chamado de “direita fascista”. Moglia explicou que o protesto foi motivado pela presença do petista em uma universidade pública para realização de ato de campanha eleitoral.

“É uma afronta à lei. Protestamos para que a justiça se faça cumprir e prenda este condenado. Qualquer outro cidadão brasileiro que não disponha de bancas caríssimas de advogados, já estaria preso”, disse Rodrigo Moglia.

Além de uma moção contra a presença de Lula em Bagé, aprovada pela Câmara Municipal, a Unipampa foi cercada por adversários do ex-presidente. A situação ficou tensa e os organizadores da caravana chegaram a cogitar o uso de um helicóptero para que o petista deixasse o local, pois as principais saídas da cidade estavam bloqueadas até o meio da tarde.

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