Com ou sem habeas corpus, Lula precisa explicar ao País como consegue custear defesa milionária

Responsável pelo maior e mais ousado esquema de corrupção da história da Humanidade, Luiz Inácio da Silva, o alarife Lula, sabe que, de acordo com o que determina a legislação vigente, sua prisão é questão de dias, talvez de horas. Eloquente quando dirige-se às massas e embusteiro profissional em seus melodramáticos discursos, Lula abusou dos sofismas para vender a falsa ideia de que é inocente e vítima de perseguição política e caçada judicial.

Disposto a faturar politicamente a partir das muitas ações penais a que responde no âmbito da Operação Lava-Jato e outras investigações, o ex-metalúrgico vem movimentando os bastidores da política nacional para tentar escapar da prisão. Mesmo assim, Lula está ciente de que uma eventual temporada no cárcere, mesmo que curta, produzirá efeitos positivos ao Partido dos Trabalhadores e seus “puxadinhos ideológicos”.

Na quarta-feira (4), sob forte pressão da polarizada opinião pública, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará pedido de habeas corpus preventivo impetrado pela defesa de Lula, que agarra-se à tese da presunção da inocência para adiar ao máximo a prisão do cliente.

O Brasil vive sua mais grave crise ética, o que exige medidas duras e legais para restabelecer a ordem, mas não se deve desconsiderar a possibilidade de o aparelhado STF decidir em favor de Lula, passando à sociedade a mensagem de que o crime compensa.


Assim como qualquer cidadão, Lula tem direito à ampla defesa, o que até então não lhe foi negado, pelo contrário, mas o petista, por meio de seus advogados, vem recorrendo a manobras jurídicas para adiar o cumprimento da sentença condenatória já confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), apostando muitas fichas na prescrição dos crimes.

Essa estratégia é privilégio de poucos, pois exige recursos em abundancia para contratar bons e experientes advogados. É nesse exato ponto que reside o maior problema de Lula, ao qual as autoridades ainda não dispensaram a devida atenção. Em depoimento ao juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Lula declarou receber mensalmente perto de R$ 30 mil, entre aposentadoria, pensão e salário de presidente de honra do PT.

Pois bem, com esse salário é impossível custear um grupo de advogados que tem na proa o ex-ministro Sepúlveda Pertence, do STF, e o renomado criminalista José Roberto Batochio, além do pouco convincente Cristiano Zanin Martins. Como se não bastasse, no campo internacional a milionária defesa de Lula conta com o advogado australiano Geoffrey Robertson, especialista em direitos humanos e com escritório em Londres.

Lula deve uma explicação ao trabalhador brasileiro, aquele que diz defender, pois nenhum cidadão comum, nem mesmo quem percebe R$ 30 mil mensais, consegue custear uma defesa recheada de estrelas do Direito. Ou Lula especializou-se no milagre da multiplicação, ou ainda há muitos escândalos debaixo da alcatifa petista.

apoio_04