Prisão de Lula coroa o fracasso de uma defesa milionária, histriônica e movida pela afronta ao Judiciário

O grande erro de Lula, além de ancorar o Petrolão, certamente foi entregar sua defesa a um advogado até então desconhecido e que deixou a desejar. Dado aos rompantes histriônicos e pegando carona na notoriedade do caso, Cristiano Zanin Martins era, até outro dia, idolatrado por boa parte dos advogados. Isso porque o genro do compadre de Lula enfrentava os magistrados com irresponsabilidade e doses excessivas de desafio.

Contudo, o que era doce não durou muito. Sem abrir mão do protagonismo no âmbito da milionária defesa de Lula, Zanin Martins continuava liderando o grupo de advogados, mesmo ladeado por próceres do Direito como o criminalista José Roberto Batochio e o ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence. E um advogado que apresenta como prova um recibo de aluguel com data de 31 de novembro não pode estar à frente de tão complexo caso.

Sempre com respostas contraditórias prontas no estoque para rebater decisões acertadas da Justiça, Cristiano Zanin Martins não percebeu que sua competência como advogado estava muito aquém da complexidade dos casos em que Lula é réu por corrupção e outros crimes. Sem ter grandeza suficiente para sair de cena e renunciar à defesa, em benefício do próprio cliente, Zanin insistiu em sua conhecida soberba, até a decretação da prisão de Lula. Aproveitando o tom desafiador de Lula como escudo para seu palavrório descabido.


Horas depois da expedição do mandado de prisão do ex-metalúrgico, Cristiano Zanin Martins não demorou muito para surgir com nova perola discursiva. Disse o advogado que “o mandado de prisão contraria decisão proferida pelo próprio TRF-4 no dia 24/01, que condicionou a providência (ordem de prisão) – incompatível com a garantia da presunção da inocência – ao exaurimento dos recursos possíveis de serem apresentados para aquele tribunal, o que ainda não ocorreu”.

Apenas para lembrar o atabalhoado Zanin Martins, foi o próprio TRF-4 que determinou ao juiz Sérgio Moro o início do cumprimento da pena de doze anos e um mês de prisão, inicialmente em regime fechado.

Zanin disse aos jornalistas que a defesa tinha instrumentos para suspender qualquer medida adotada com base na decisão do TRF-4, evitando medida de restrição de direitos de Lula. O advogado mencionou a possibilidade de recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF).

Não fosse a zombaria comandada por Lula e seus sequazes, que atacaram e desfaiaram o Judiciário de todas as maneiras possíveis, o desfecho do caso poderia ser outro. Contudo, depois de tantos desaforos aos julgadores, fez Justiça respeitando o Estado Democrático de Direito, mesmo os “camaradas” não concordando com essa tese lógica e cristalina.

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