Trump ameaça abandonar reunião com Kim Jong-un caso encontro não produza resultados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quarta-feira (18) que espera obter avanços em seu planejado encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, mas ameaçou abandonar a reunião caso pareça não ser “frutífera”.

Trump disse acreditar que a reunião será bem-sucedida, mas alertou: “Se eu achar que esse encontro não será frutífero, não iremos. Se a reunião, quando eu estiver lá, não estiver sendo frutífera, eu, respeitosamente, deixarei o encontro.”

“Gosto de sempre me manter flexível e continuaremos sendo flexíveis”, afirmou, ressaltando que sua campanha de “pressão máxima” sobre o regime norte-coreano continuará até que Pyongyang desista de seu programa nuclear.

O presidente norte-americano falou sobre a recente reunião secreta entre o diretor da CIA e indicado por ele para o Departamento de Estado, Mike Pompeo, com Kim. Os dois teriam tratado do planejado encontro entre os líderes de ambos os países.

“Ele teve um grande encontro com Kim Jong-um, e se deu bem com ele, muito bem”, disse Trump, elogiando seu indicado para secretário de Estado. “Ele é muito inteligente, mas se dá bem com as pessoas.”


O presidente disse ainda que Washington negocia a libertação de três prisioneiros americanos na Coreia do Norte, afirmando que há “boas chances” de que isso aconteça.

Planejado para maio ou junho, este deverá ser o primeiro encontro bilateral em mais de seis décadas de hostilidades, desde o início da Guerra da Coreia. As tensões envolvendo a Coreia do Norte se agravaram recentemente após o regime de Pyongyang realizar uma série de testes de mísseis nucleares e balísticos de longo alcance, gerando condenações da comunidade internacional e o reforço das sanções ao país asiático.

Nos últimos meses, Kim iniciou uma série de esforços diplomáticos para diminuir o isolamento de seu país, com o envio de uma delegação de atletas para os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em fevereiro, e ao se reunir com o presidente da China, Xi Jinping, em Pequim, no mês de março. (Com agências internacionais)

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