Gleisi acredita que o Brasil é terra sem lei e reage à decisão judicial que proíbe visitas a Lula

Alguém precisa avisar ao Partido dos Trabalhadores e à sua horda de seguidores que o Brasil não tem dono, que Lula é um criminoso comum condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, que a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba não é local de peregrinação e que no País ainda há leis vigentes.

Preocupados com a cizânia que pode levar o partido à implosão, os “companheiros” insistem em transformar a cela da PF, na qual Lula cumpre pena de prisão, em uma espécie de escritório político do ex-presidente.

Acreditando na tese absurda de que a prisão Lula é uma mentira fruto de perseguição política e caçada judicial, o PT fomentou nos últimos dias uma série de tentativas de visitas ao ex-metalúrgico, como se inexistissem regras para tal procedimento.

Presidente nacional do PT e guindada ao cargo para ser anteparo do petista-mor, a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann desqualificou a decisão da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, que proibiu visitas a Lula.

“Prepotente, arbitrária, ilegal a decisão judicial que nos impede de visitar Lula! Não estamos na normalidade política, institucional. A democracia está morrendo no Brasil!”, declarou Gleisi Helena, que crê ser o ex-presidente inimputável e acima da lei.

A juíza Carolina Lebbos proibiu qualquer visita a Lula, exceto as dos advogados, que podem ser diárias, e as dos familiares, às quintas-feiras. A decisão alcançou, de uma só vez, a ex-presidente Dilma Vana Rousseff, Adolfo Pérez Esquivel, Gleisi Hoffmann e o petista Paulo Pimenta.


Dilma esteve em Curitiba nesta segunda-feira para visitar o antecessor, mas foi obrigada a se contentar a um discurso monitorado diante dos falsos oblatos que estão na capital paranaense defendendo a imediata liberdade do alarife do Petrolão.

Líder do PT na Câmara dos Deputados, o gaúcho Paulo Pimenta manteve para as 11 horas desta terça a inspeção que a comissão externa programou para fazer na sala especial que a PF preparou para o ex-presidente.

“Ergueram uma ditadura em Curitiba e estão rasgando a Constituição e os tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”, denunciou Pimenta. O PT continua a desafiar a Justiça, o que compromete a situação de Lula no âmbito dos recursos judiciais.

De acordo com Paulo Pimenta, a decisão de manter a inspeção na cela ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O que certamente provocará considerável confusão, algo que no momento atual a esquerda busca de maneira obsessiva.

“Em nenhum momento a comissão solicitou à juíza Carolina Lebbos autorização para a inspeção, pois se trata de prerrogativa constitucional da Câmara dos Deputados formar comissões externas para que averiguem condições carcerárias em todo o território nacional, inclusive na sede da Polícia Federal em Curitiba. A comissão comunicou à juíza a data da realização da inspeção e lhe solicitou providências junto à Polícia Federal para viabilizar o acesso da delegação parlamentar”, afirmou Pimenta em nota enviada à imprensa.

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