Argentina: temendo volatilidade do mercado, Macri recorre ao FMI para equilibrar contas do país

O governo da Argentina voltará a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em busca de apoio externo, para equilibrar a situação financeira do país, depois da disparada do dólar na última semana.

O anúncio foi feito pelo presidente argentino, Mauricio Macri, há mais de dois anos na Casa Rosada. Macri está preocupado com a volatilidade do mercado financeiro, que patrocinou a desvalorização do peso e o aumento da taxa de juro para 40%.

“Isso nos permitirá fortalecer nosso programa de crescimento e desenvolvimento, dando-nos maior suporte para enfrentar este novo cenário global e evitar crises como as que tivemos em nossa história”, disse Macri ao defender o pedido de socorro ao FMI.

A Argentina tinha deixado de pedir empréstimos ao FMI há mais de dez anos, desde que pagou a dívida com a instituição financeira e renegociou com a maior parte dos credores.


A decisão de recorrer novamente ao Fundo coloca mais incertezas sobre a economia argentina, que pode produzir efeitos colaterais na América do Sul, inclusive no Brasil.

Macri fez o anúncio no momento em que os argentinos ainda tentam compreender as recentes medidas econômicas adotadas para frear a disparada do dólar. As ações não foram suficientes para amainar a preocupação da população com a capacidade do governo de conter a inflação e evitar nova desvalorização do peso.

Nesta terça-feira (8), a moeda norte-americana chegou a 23,40 pesos, sinal claro de que o governo Macri terá sérios problemas pela frente na seara econômica.

Esse cenário abre espaço para o discurso fácil e rasteiro da esquerda local, liderada pela ex-presidente e gazeteira profissional Cristina de Kirchner.

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