Genes podem determinar risco de câncer de pele, revela estudo científico

Certos genes podem determinar se determinadas pessoas têm mais risco de ter queimaduras solares e desenvolver câncer de pele, revelou um estudo publicado na terça-feira (8).

A pesquisa, liderada por pesquisadores do King’s College de Londres, identificou 20 genes que determinam a capacidade da pele de se bronzear ou queimar quando exposta à luz solar. Oito deles estariam associados ao câncer de pele.

Segundo Mario Falchi, coautor do estudo, ao menos uma região do genoma apresentou evidências que sugerem que um gene associado ao risco de melanoma – um dos tipos de câncer de pele mais comum – age aumentando a suscetibilidade à queimadura solar.

O estudo, que foi publicado na revista especializada “Nature Communications”, ajuda a explicar os motivos que levam a reações diferentes à exposição solar em pessoas do mesmo tom de pele e também traz uma luz sobre os fatores que causam o melanoma.

“É preciso explorar esses genes mais detalhadamente para entender o mecanismo que os fazem contribuir para as queimadoras causadas pelo sol”, acrescenta Falchi.


No futuro, os pesquisadores desejam identificar a probabilidade do desenvolvimento de melanoma com um teste genético.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram o genoma de quase 180 mil pessoas de ascendência europeia no Reino Unido, na Austrália, na Holanda e nos Estados Unidos.

A exposição à luz do sol é fundamental para a produção de vitamina D, que mantém ossos, músculos e dentes saudáveis, e que, segundo pesquisadores, pode ajudar a evitar doenças crônicas, até mesmo o câncer. Muito sol num curto período de tempo, porém, pode ser perigoso para a saúde.

Somente no Reino Unido, são diagnosticados mais de 150 mil casos de câncer de pele a cada ano, cuja origem está extremamente vinculada às queimaduras produzidas pelos raios ultravioleta, aponta o estudo. (Com agências internacionais)

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