Rodrigo Lasmar, médico da seleção brasileira de futebol, desembarcou na manhã desta quinta-feira (10) em Paris para acompanhar a lesão de Daniel Alves, do PSG, e avaliar a gravidade da contusão.
Em entrevista ao canal “Fox Sports”, Lasmar preferiu a cautela e afirmou que até aquele momento não tinha informações sobre exames médicos realizados pelo atleta na quarta-feira (9), em um hospital da capital francesa.
“Não, nós temos a mesma informação do que vocês. É a nota oficial, e ficamos de ter acesso a todos os exames do jogador em Paris. Vamos começar a fazer avaliações, para ter opinião do que se trata, do que fazer a partir de agora”, afirmou o médico.
Na quarta-feira, a assessoria do lateral brasileiro e do PSG informaram que ele teve uma “desinserção do ligamento cruzado anterior” do joelho direito. Segundo análise preliminar de médicos e preparadores físicos, Daniel Alves precisará de pelo menos três semanas para ser reavaliado. Somente após esse período é que os médicos e o clube parisiense decidirá se o caso é de cirurgia. O PSG já deixou claro nos bastidores que descarta tratamentos outros, que não o cirúrgico.
Até embarcar para a França, Rodrigo Lasmar não havia feito contato com o atleta, apenas com a direção do PSG. O que a explica sua posição cautelosa diante dos fatos.
A dúvida é se o jogador será convocado pelo técnico Tite na próxima segunda-feira (14), quando anunciará os nomes dos 23 jogadores que participarão da Copa do Mundo da Rússia. A programação da CBF prevê que o grupo deve se apresentar na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), no próximo dia 21.
Ex-médico da CBF defende cirurgia
Joaquim Grava, ex-médico da seleção, acredita que o melhor tratamento para a lesão de Daniel Alves é cirúrgico. Em caso de cirurgia, o atleta ficará longe dos gramados por seis meses, ou seja, fora da Copa da Rússia.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Grava explicou que o nome técnico dado para a lesão de Daniel Alves pode ser simplificado: ruptura no ligamento do joelho.
Questionado sobre qual seria a chance de o lateral direito passar por cirurgia, Joaquim Grava foi enfático: “é uma chance muito grande”. “Claro que depende da conjuntura de cada caso. Mas se fosse um jogador meu, se fosse com essa lesão, claro que já seria um procedimento cirúrgico”, completou.