O PT, que já foi o partido hegemônico do Brasil, tendo vencido quatro eleições presidenciais consecutivas, transforma-se com o passar do tempo em uma seita movida pelo devaneio ideológico e que tem a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann como sacerdotisa. Os crentes, cada vez em menor número, adoram um presidiário encarcerado em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro.
Para participar da seita o acólito precisa acreditar que Lula e os petistas, condenados ou em vias de condenação (como é o caso da própria Gleisi , a “Amante” nas planilhas de propina), são vítimas de uma diabólica conspiração global, envolvendo o capital internacional, a CIA, o FBI, os Illuminati e o Judiciário brasileiro para criminalizar um partido e um líder cuja única culpa foi ajudar (sic) os pobres e desvalidos.
Já se viu muitas seitas bizarras ao redor do planeta, mas o PT conseguiu a proeza de converter-se na mais exóticas de todas. A legenda transformou-se em conglomerado de adoradores de um falso messias condenado em duas instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro e prestes a conquistar novas condenações pelos mesmos crimes, o que pode render algumas dezenas de anos atrás das grades.
As restrições de mobilidade não impedem que a seita continue garantindo que Lula voltará a qualquer momento, será candidato a presidente, vencerá nas urnas e governará o País promovendo a redenção nacional.
A impossibilidade de Lula participar da campanha, por motivos óbvios e explicitados na Lei da Ficha Limpa, não intimida Gleisi Helena, que apresenta de forma recorrente sinais claros de extrema insanidade política, na opinião de alguns, ou de cinismo terminal, na visão de outros.
O delírio é tamanho nas hostes petistas, que os “companheiros” estão a exigir que o presidiário compareça às sabatinas com os presidenciáveis por meio de um representante. De modo igualmente delirante, os “camaradas” sonham viabilizar a participação de em comícios eleitorais através de fantasmagóricos hologramas.
O tom messiânico da pregação de Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e porta-voz do encarcerado Lula, é tão incontestável quanto détraqué. Em manifestação recente, a senadora pontificou: “Se nada der certo, Lula saberá o que fazer”.