Ao desdenhar indulto, Lula diz que provará sua inocência, mas prazo para isso acabou faz tempo

Condenado a doze anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, na órbita da Operação Lava-Jato, o ex-presidente Lula continua com suas enfadonhas bazófias, o que reforça a estratégia de transformá-lo em um perseguido político e injustiçado.

Abusando das declarações absurdas, cujo objetivo é mais uma vez enganar seus seguidores, o petista-mor ainda não se deu conta do status de presidiário. E continua a lançar sandices ao vento, como se os brasileiros de bem fossem obrigados a ouvir seu besteirol.

Após circular Brasil afora a hipótese de o détraqué Ciro Gomes, caso eleito ao Palácio do Planalto, conceder indulto ao ex-metalúrgico, a cúpula petista descartou essa possibilidade, ao mesmo tempo em que manteve o sonho delirante.

É importante ressaltar que o indulto depende de uma série de parâmetros, os quais Lula não preenche nem mesmo em momentos de devaneio explícito. Fora isso, o indulto precisa ser referendado pelo Congresso, algo que na formação atual não seria tarefa fácil. Não obstante, o indulto pode ser anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como aconteceu com o benefício concedido pelo presidente Michel Temer no final de 2017.

Com a fermentação da polêmica, Lula, por meio de interlocutores, disse que não quer o indulto, pois prefere provar sua inocência. Bom seria se a milionária defesa do ex-presidente esclarecesse os fatos com base na legislação vigente e à sombra da realidade, que, vale destacar, é bem diferente do que imagina o alarife do Petrolão.

Em primeiro lugar, Lula não tem livre arbítrio para rejeitar um eventual indulto. Ademais, esse discurso visguento é mais uma tentativa frustrada de vitimização, como se a população não conhecesse a verdade. Em suma, o indulto é uma prerrogativa presidencial, não cabendo ao beneficiário decidir se aceita ou não.

Em relação a provar sua alegada inocência, Lula deveria se informar melhor acerca do trâmite processual. O tempo para provar, no âmbito do processo, sua não culpabilidade já passou. Por isso, pela incapacidade da defesa de provar sua inocência, é que Lula foi condenado à prisão.

Mesmo que o aludido indulto seja concedido no futuro, a culpa de Lula está sacramentada. Resumindo, tal palavrório é conversa fiada da pior qualidade.

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