Eventuais imagens da prisão do foragido ex-governador Eduardo Azeredo preocupam a cúpula do PSDB

Condenado a vinte anos e um mês de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no âmbito do escândalo que ficou conhecido como “Mensalão Mineiro”, o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) já é considerado foragido da Justiça do Estado.

De acordo com informações da Polícia Civil mineira, o mandado de prisão, emitido no final da tarde de terça-feira (22) por determinação do Tribunal de Justiça do Estado, continua em aberto. A corporação faz diligências na capital mineira e o tucano pode ser preso a qualquer momento.

Azeredo poderia se entregar em qualquer delegacia de política de Minas Gerais, ou mesmo até mesmo fora do estado, o que não ocorreu até o momento. No final da noite de terça-feira, o delegado Aloísio Fagundes afirmou que o ex-governador ainda não era considerado foragido porque estavam em curso negociações para que ele se entregasse.

Azeredo foi procurado em sua residência, em Belo Horizonte, mas não foi encontrado, assim como integrantes da família do tucano. Seus advogados interromperam as negociações com a Polícia Civil e não mais atendem chamadas telefônicas.


A prisão de Eduardo Azeredo começa a ganhar o viés da espetacularização porque há uma crescente polarização política no estado, que tornou-se ainda mais acirrada por conta da proximidade das eleições deste ano.

Com o petista Lula preso em Curitiba, onde cumpre pena de doze anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro, o PT tenta capitalizar politicamente a partir da prisão de Azeredo. Afinal, o governo de Minas Gerais é o petista Fernando Pimentel, cada vez mais enredado nas teias da Justiça por envolvimento em escândalos de corrupção.

No começo da noite de terça-feira, horas depois da decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a preocupação do PSDB era com eventuais fotos da prisão do ex-governador e ex-senador Eduardo Azeredo, na opinião da cúpula tucana, as imagens poderiam prejudicar os planos eleitorais da legenda, em especial a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República.

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