General GSI diz que intervenção é “assunto do século passado” e frustra delírio dos intervencionistas

Banho de água fria. Esse foi o resultado da paralisação dos caminhoneiros para os obcecados por fardas e lambedores de coturnos, que contemplaram o movimento como um atalho rumo ao golpe militar. Diante do fiasco, esses insanos defensores da intervenção militar precisam repensar melhor o papel das Forças Armadas, uma vez que ditadura, de direita ou de esquerda é e sempre será regime totalitarista.

Avessos à tolerância e a opiniões diversas, os intervencionistas saem do movimento com saldo negativo, o que de certa forma reflete na campanha do tresloucado Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL que mudou o discurso de acordo com o desenrolar da paralisação dos caminhoneiros. O que mostra ser Bolsonaro um paraquedista também na política.

Quando o UCHO.INFO, nos primeiros momentos da greve dos transportadores rodoviários de carga, afirmou que a extrema direita estava por trás do movimento com o intuito de derrubar o governo de Michel Temer e reeditar o golpe de 64, muitos acreditaram ser nossa afirmação um equívoco.

Com o passar dos dias, a verdade veio à luz, desmascarando uma articulação golpista orquestrada por pessoas que em decorrência de alguma descompensação do raciocínio ainda cultuam a era plúmbea brasileira como sendo a solução derradeira do universo.


Não foi preciso dose extra de massa cinzenta para perceber que o movimento dos caminhoneiros tinha alguém nos bastidores a dar ordens descabidas, como a intimidação truculenta dos motoristas de caminhão e a reinvindicação de pautas típicas da direita rançosa. De igual modo, foi fácil constatar que trabalhadores que estavam a reclamar dos gastos não teriam recursos para dez dias de paralisação.

Por outro lado, a direita colérica e golpista foi obrigada a enfrentar novo revés nesta terça-feira (29), pois o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Sérgio Westphalen Etchegoyen, disse que as Forças Armadas não cogitam intervenção militar.

“Eu vivo no século 21 e está divertidíssimo. O farol que eu uso para me conduzir é muito mais potente que o retrovisor. Não vejo as Forças Armadas pensando nisso e não conheço absolutamente”, disse o chefe do GSI.

“Não vou procurar problema onde está iluminado, mas onde está escuro. As incógnitas são de por que chegamos a isso”, emendou o ministro, ao questionar as razões que impulsionam os intervencionistas.

De acordo como general Sérgio Etchegoyen, as instituições militares estão presentes no ambiente democrático para garantir a segurança e a ordem.

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