Mercado financeiro prevê manutenção da Selic em 6,50% na reunião do Copom desta semana

Consultados semanalmente pelo Banco Central, economistas das principais instituições financeiras em atividade no País apostam na manutenção da taxa básica de juro, a Selic, em 6,50% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana. A expectativa consta do Boletim Focus, divulgado pelo BC nesta segunda-feira (18)

Em maio, após um ciclo de 12 quedas consecutivas, o Copom decidiu manter a Selic no atual patamar, o menor nível histórico. Para 2019, as intuições financeiras esperam aumento da Selic, encerrando o período em 8% ao ano.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que causa reflexos nos preços porque taxas de juro mais elevadas encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Por outro lado, quando o Copom reduzi a taxa básica de juro, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. Entretanto, as taxas de juro não caem na mesma proporção da Selic.

A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.


Meta de inflação

No corrente ano, a meta de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é de 4,5%, podendo oscilar entre 3% e 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Na opinião dos analistas do mercado financeiro, o IPCA encerrará 2018 abaixo do centro da meta, em 3,88%. A estimativa da última semana era 3,82%. Esse foi o quinto aumento consecutivo na projeção. Para 2019, a estimativa passou de 4,07% para 4,10%, no terceiro ajuste seguido.

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia continua em queda. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1,94% para 1,76%, na sétima redução seguida. A previsão de crescimento do PIB para 2019 caiu, pela segunda vez consecutiva, ao passar de 2,80% para 2,70%.

Em relação ao mercado de câmbio, os economistas revisaram a projeção para o dólar de R$ 3,53 para R$ 3,57, no final deste ano, e de R$ 3,48 para R$ 3,50 no fim de 2019. (Com ABr)