Consultadas pelo Banco Central (BC), as principais instituições financeiras em atividade no País continuam reduzindo a projeção de crescimento da economia e aumentando a estimativa para a inflação. É o que mostra a mais recente edição do Boletim Focus, divulgado pelo BC nesta segunda-feira (25).
No sexto aumento seguido, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, subiu de 3,88% para 4% neste ano. Para 2019, a estimativa segue em 4,10%.
Mesmo com o aumento nas projeções, as estimativas seguem abaixo do centro da meta de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6% para este ano. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Selic em 6,5% ao ano
Na opinião dos economistas e analistas das instituições financeiras, a taxa básica de juro, a Selic, deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano.
A manutenção da Selic no patamar atual, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.
Atividade econômica
A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia continua sendo reduzida. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no País – passou de 1,76% para 1,55% na oitava redução seguida. A previsão de crescimento do PIB para 2019 caiu, pela terceira vez consecutiva, ao passar de 2,70% para 2,60%.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar passou de R$ 3,63 para R$ 3,65 no fim deste ano, e permanece em R$ 3,60 para o fim de 2019. (Com ABr)