Defesa milionária de Lula sofre novo revés no STF, que não julgará pedido de liberdade em agosto

A histriônica e milionária defesa de Lula, o alarife do Petrolão, sofreu novo revés nesta sexta-feira (29), último dia antes do início do recesso do Judiciário, que só retornará ao trabalho no mês de agosto. Após seguidas interposições de recursos, algumas delas nos últimos dias, os advogados do petista viram ruir a estratégia que tentava conseguir liberdade provisória para o cliente.

Com a designação, por meio de sorteio eletrônico, do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como relator da reclamação apresentada pelos defensores do ex-presidente, a situação de Lula piorou sobremaneira nas últimas horas com a divulgação da pauta de julgamento da Corte para o mês de agosto, que não traz o pedido de liberdade na ementa.

No rastro da decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que deixou de fora da pauta o pedido de liberdade, cai por terra o plano petista de ter Lula como candidato ao Palácio do Planalto, pois ele está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. Mesmo assim, o PT insistirá no registro da candidatura, que poderá ser negado de ofício pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como já anunciado.

De igual modo, o PT não poderá contar com Lula como cabo eleitoral, o que pode levar o partido a mais um processo de encolhimento a partir das eleições de outubro próximo. Nesse caso, o PT terá de se reorganizar financeiramente a partir do próximo ano, pois a verba partidária é calculada com base no tamanho da bancada dos partidos na Câmara dos Deputados. A expectativa é que a bancada do PT seja menor em 2019.


O desespero que tomou conta da defesa de Lula é tamanho, que os advogados estão a tentar as mais esdruxulas estratégias, como se o STF fosse um reles “puxadinho” do Partido dos Trabalhadores. Esse pensamento decorre não apenas da sensação de impunidade que reina na legenda, mas principalmente da falsa certeza de que a indicação de um ministro da Corte significa obrigatoriedade de contrapartida.

A mais nova bizarrice que brotou do pensamento canhestro dos advogados do petista-mor é que o sorteio do relator da reclamação deveria ser feito entre os ministros da Segunda Turma, exceto Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato na Corte e responsável por enviar o caso ao plenário. Considerando que na Segunda Turma ao menos três ministros decidem em favor de Lula (Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski), a chance de o plano prosperar era de 75%, caso a Corte não estivesse decidida a enfrentar a petulância da defesa do ex-metalúrgico.

Enquanto o enredo bandoleiro avança na linha do tempo, Lula poderia explicar aos brasileiros de bem como consegue custear uma defesa cara e badalada com um rendimento mensal de aproximadamente R$ 30 mil – a informação foi prestada pelo próprio petista em depoimento à Justiça Federal do DF. Para que os leitores tomam ciência da ousadia de Lula, uma defesa desse naipe, com advogados renomados no Brasil e no exterior, não custa menos de R$ 50 milhões, além das despesas processuais e de viagem.