Quando Donald Trump anunciou que a Península Coreana estava a salvo por conta do acordo selado com Kim Jong-un, o UCHO.INFO afirmou sem medo de errar que tratava-se de mais uma investida irresponsável e gazeteira do presidente dos Estados Unidos, que acreditou que alguns apertos de mão e tapinhas nas costas trocados com o ditador norte-coreano seriam suficientes para conter a escalada nuclear do regime mais fechado do planeta.
Tão habilidoso em política internacional quanto um orangotango caminhando em loja de cristais, Trump continua acreditando ser o último gênio da raça, mas não foi avisado que Pyongyang jamais abandonará o programa nuclear, garantia de que o país não será invadido pelas grandes potências, a começar pelos Estados Unidos.
Por outro lado, o tal programa nuclear norte-coreano dá a Pyongyang a oportunidade de arrecadar dinheiro e suprimentos junto a alguns dos seus poucos aliados, com a condição de aceitar o papel menor de massa de manobra de Pequim e Moscou. É assim desde os tempos de Kim Il-sung, avô do atual ditador, e não mudará tão cedo.
Mesmo assim, Trump propaga aos quatro cantos que descobriu a fórmula mágica da diplomacia. Mesmo assim, não foi preciso muito tempo para descobrir que o tal acordo que garantiu (sic) segurança e paz à Península Coreana tinha apenas um crédulo: Donald Trump.
Imagens de satélite obtidas por agências de inteligência dos EUA sugerem que a Coreia do Norte voltou a construir mísseis balísticos em uma de suas fábricas, informou o jornal The Washington Post.
Captadas pela Agência Nacional de Informação Geoespacial dos EUA, as imagens mostram o que aparenta ser trabalho de construção de um ou dois novos mísseis balísticos intercontinentais de combustível líquido.
As fotografias mostram veículos entrando e saindo do centro de pesquisa de Sanumdong, perto de Pyongyang, onde foi produzido o primeiro míssil supostamente capaz de atingir a costa leste dos Estados Unidos. Os veículos aparentam ser iguais aos usados em transportes anteriores de mísseis balísticos intercontinentais.
O jornal The Washington Post afirmou que “esta nova informação não sugere um aumento nas capacidades da Coreia do Norte, mas mostra que o desenvolvimento de armamento continua várias semanas depois de o presidente Donald Trump ter escrito no Twitter que Pyongyang ‘não é mais uma ameaça nuclear’”.
A Casa Branca se recusou a comentar as informações divulgadas pelo jornal, mas é certo que o governo Trump coloca na prateleira mais uma trapalhada internacional, fruto do destempero e da soberba do presidente dos EUA.