Mercado financeiro mantém projeção de inflação em 4,11% para 2018

Consultados pelo Banco Central (BC), os economistas das principais instituições financeiras em atividade no País estimam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, deve encerrar o ano em 4,11%. A informação consta do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central BC.

Os analistas econômicos apostam que em 2019 será de 4,10%, previsão das últimas sete semanas; 4% em 2020; e 3,93 em 2021.

As projeções estão abaixo da meta que deve ser perseguida pelo BC. Neste ano, o centro da meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%, neste ano. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).


Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juro, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. De acordo com as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano, e permanecendo nesse patamar em 2020 e 2021.

A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

Atividade econômica

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 1,5%. A previsão de crescimento do PIB para 2019 se mantém há cinco semanas em 2,5%. As instituições financeiras também projetam crescimento de 2,5% do PIB em 2020 e 2021.

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar também permanece em 3,7 no fim deste ano e no fim de 2019. Para 2020, a estimativa cai para R$ 3,69. No final de 2021, a previsão sobe para R$ 3,75. (Com ABr)