Consultadas pelo Banco Central (BC), as principais instituições financeiras em atividade no País aumentaram as projeções para a inflação neste ano e em 2019, mas reduziram a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB).
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, a projeção passou de 4,15% para 4,17%, neste ano. Para 2019, a projeção subiu de 4,10% para 4,12%. Para 2020, a estimativa segue em 4% e, para 2021, foi ajustada de 3,90% para 3,92%.
Para 2018 e 2019, as estimativas estão abaixo do centro da meta que deve ser perseguida pelo BC. Neste ano, o centro da meta é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como instrumento a taxa básica de juro, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano. De acordo com as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o final de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano.
A manutenção da taxa básica de juro, como prevê o mercado financeiro neste ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Atividade econômica
A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi reduzida de 1,49% para 1,47% neste ano. Para 2019, 2020 e 2021, a estimativa para o crescimento do PIB segue em 2,5%.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar subiu de R$ 3,70 para R$ 3,75 no final deste ano e permanece R$ 3,70 no fim de 2019. (Com ABr)