Lula insiste em manter candidatura e recorre ao STF para ampliar prazo de substituição de candidato

A milionária defesa do ex-presidente Lula continua apostando em recursos para tentar viabilizar a candidatura do petista, que está inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. Nesta segunda-feira (10), os advogados do ex-metalúrgico ingressaram com novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ampliar o prazo de substituição do candidato do PT na corrida presidencial.

O objetivo é transferir de terça-feira (11) para o próximo dia 17 de setembro, segunda-feira da próxima semana, o prazo final para a substituição do candidato do partido à Presidência da República. O pedido será analisado pelo ministro Celso de Mello, responsável pelo caso no STF.

A defesa havia feito pedido idêntico ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a presidente da Corte, Rosa Weber, negou a prorrogação do prazo, fixado em dez dias durante o julgamento que decidiu pela rejeição do registro da candidatura de Lula. Na mesma decisão, a ministra enviou o recurso extraordinário da defesa, que discute a inelegibilidade do petista, para apreciação do STF.

“Não há como aguardar a análise do tema [recurso extraordinário] pelo plenário desta Corte. Não há tempo. Ou se tem uma decisão até o próximo dia 11 de setembro – deadline imposto pelo acórdão recorrido, em outra guinada jurisprudencial – ou a candidatura de Lula será enterrada viva”, afirmou a defesa.

Os advogados também solicitaram ao ministro Celso de Mello para que leve ao plenário do STF um pedido para suspender, liminarmente, a decisão do TSE que rejeitou sua candidatura, permitindo assim que o petista participe da eleição presidencial deste ano.


Novos pedidos

Na manhã desta segunda (10), o Partido Novo, um dos que contestaram a candidatura de Lula no TSE, pediu para que o Supremo rejeite os novos pedidos da defesa do petista.

A legenda sustenta que deve ser mantida a decisão do TSE que estabeleceu prazo até terça (11) para a substituição da candidatura. Argumentou que o petista “busca obscurecer a vontade do eleitor”, “levando às últimas consequências sua disposição para desafiar as ordens” do TSE.

“Busca estender o tempo de exposição de candidatura que não apresenta viabilidade alguma, fazendo crer ao eleitor – justamente o menos informado – que é candidato”, diz o pedido da legenda.