Pesquisa Datafolha traz Bolsonaro em primeiro, no mesmo patamar de votos antes do ataque em MG

Como afirmou o editor do UCHO.INFO em matérias anteriores, a estratégia da campanha de Jair Bolsonaro de capitalizar eleitoralmente o ataque contra o presidenciável do PSL poderia não funcionar, como acabou comprovando a pesquisa do instituto Datafolha, cujos resultados foram divulgados nesta segunda-feira (10).

De acordo com o Datafolha, Bolsonaro continua liderando com 24% das intenções de voto, seguido por quatro candidatos tecnicamente empatados em segundo lugar: Ciro Gomes (PDT), com 13%; Marina Silva (Rede), com 11%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 10%; Fernando Haddad (PT), com 9%). Os números apontam que Bolsonaro oscilou dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O dado da pesquisa que mostra de maneira clara que a estratégia de explorar eleitoralmente o ataque não funcionou está no índice de rejeição do candidato, que deveria ter diminuído caso o plano tivesse prosperado. Bolsonaro, que na pesquisa Datafolha de 22 de agosto tinha 39% de rejeição, agora tem 43%, ou seja, a facada não impediu o crescimento desse índice, pelo contrário.

Esse quadro de rejeição revela que o presidenciável do PSL terá sérios problemas no segundo turno da corrida presidencial, pois mais uma vez ele seria derrotado em qualquer cenário se a disputa em segunda volta fosse hoje.


O Ibope, que nesta segunda-feira divulgou os resultados de pesquisa sobre disputa pelo governo paulista, revelou que em São Paulo a situação de Jair Bolsonaro não mudou depois do episódio ocorrido em Juiz de Fora. Segundo o instituto, entre os eleitores paulistas o presidenciável do PSL tem 23% das intenções de voto, contra 22% do levantamento anterior. Em outras palavras, o ataque com faca não surtiu efeito no maior colégio eleitoral do País.

Na pesquisa Ibope, Bolsonaro é seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), que foi de 15% a 18%; Ciro Gomes (PDT), de 8% a 11%; e Fernando Haddad (PT), de 5% para 7%. A candidata Marina Silva (Rede) oscilou de 10% para 8%, enquanto João Amoêdo (Novo) foi de 2% para 5%.

Logo após o ataque ocorrido no centro da cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, a maioria dos candidatos à Presidência da República preferiu amainar o tom das respectivas campanhas, evitando ataques a Bolsonaro, conhecido nacionalmente por sua intolerância. Com as novas pesquisas, os ataques deverão ser retomados, pois o candidato do PSL não mudou seu pensamento nem suas convicções.