(*) Ipojuca Pontes
Exatamente: em meio a uma tempestade de acusações fakes, mentiras sistemáticas, deturpações de toda ordem, enxurradas de meias verdades e interpretações cavilosas, a denunciar uma planejada onda com o objetivo nítido de enterrar a qualquer custo a candidatura de Jair Bolsonaro – só o povo brasileiro, em sua grande maioria, posta-se inexpugnável ao lado da única força política capaz de derrotar hoje as pretensões esquerdistas de continuar controlando miseravelmente o País. Melhor seria dizer de forma avassaladora, mas fica o miserável, mesmo.
Com efeito, Executivo, Legislativo e Judiciário, os três poderes que teriam a obrigação constitucional de garantir a vigência do Estado republicano, foram aparelhados, gradativamente, pela sanha de partidos vermelhos voltados para transformar a precária Nação Democrática em república popular manobrada pela estratégia burlesca do “centralismo democrático”, o modelo leninista de gerir autocraticamente o poder operacionalizado, no Brasil, dentro do esquema petista de manter o arbítrio amparado na instituição do suborno e do aparelhamento do Estado como forma de subjugar os demais poderes. De fato, nunca será demais repetir que o petismo manobra hoje cerca de 300 mil militantes sugando as distintas tetas do úbere da emperrada máquina governamental.
(A propósito, convém lembrar que um tolo assessor do atual presidente, impressionado com o espantoso déficit público, na casa dos cinco trilhões reais, perguntou-lhe: – “Excelência, por que o Sr. não demite boa parte dos petistas pendurados nos cofres do governo?” – Ao que Temer, encalacrado hóspede do Jaburu, retornou: – “Meu filho, eu não faço caça às bruxas. Não faço!”).
Com essa espécie de comandita política, fincada em Brasília a partir do desgoverno Zé Sarney, o Impostor, sujeito que escancarou os cofres e os cargos públicos da Nação para o usufruto das esquerdas, passando por Itamar Franco (ex-militante da Juventude Comunista) e o FHC, vasilinoso sociólogo marxista, até chegar aos corruptores e corrompidos Lula da Selva e Dilma Terrorista, além do próprio Michel Temer, o Brasil se transformou no maior saco de excrementos do mundo ocidental. Sim, digo e repito: no maior – e pior – saco de excrementos do mundo ocidental! Sem dó nem remissão.
Neste alvorecer do terceiro milênio a “civilização brasileira” está dividida, inapelavelmente, em dois blocos: de um lado, estão “eles”, os mandriões da política preocupados em manter privilégios para “nos salvar”; milhares e milhares de burocratas empedernidos ganhando os tubos sem trabalhar; legiões de acadêmicos e professores universitários repassando os trololós globalistas da diplomacia terceiromundista da ONU financiada pela banca internacional do Clube Bilderberger; coortes de corporações culturais empenhadas em mamar no erário para inocular o vírus do “politicamente correto” no cocuruto das massas – para não falar, de resto, nos contingentes empresariais viciados em arrancar verbas bilionárias dos cofres do BNDES saqueadas, por sua vez, dos fundos de amparo ao trabalhador.
Do outro lado, estão o resto, a imensa legião de trabalhadores espoliados e desnutridos, vivendo na base de um, dois ou três salários mínimos, marginalizados nos guetos, nas periferias urbanas ou nos campos áridos e distantes, humilhados e ofendidos pelas
eternas promessas de um “mundo mais justo” mitificado pela mendacidade de ideólogos revolucionários (que vivem a tripa-forra em apartamentos de luxo, saltitantes em viagens internacionais, sorvendo vinhos finos e, visto que ninguém é de ferro, ostentando o “ócio com dignidade”). São os deserdados da brutalidade brasileira que ralam nas filas dos ônibus, acordam as quatro da matina, tomam sopa rala do caldo Knorr e, dia ou noite, são assaltados e mortos por balas que nada têm de perdidas. Mas que, apesar de tudo, acreditam em Deus, acreditam na família e não saberiam ou poderiam viver fora do Brasil.
O candidato do PSDB Geraldo Alckmin, que fala com o queixo duro de Erich Von Stroheim em “Crepúsculo dos Deuses”, condena o clima de radicalismo estabelecido na presente eleição. O “Picolé de Chuchu” queria o quê? Que depois de quatro décadas de mando de gente como Sarney, Itamar, FHC, Lula da Selva, Zé Dirceu, Dilma Rousseff e o próprio Alckmin o Brasil fosse governado mais uma vez por um mandrião (já na zona da psicopatia) agora por trás das grades?
O povo brasileiro amadureceu pelo sofrimento e a classe media há tempos protesta em gigantescas manifestações públicas contra Lula, o Abutre, e seus aliados comunistas do Foro de São Paulo, uma organização criminosa que vem traçando resoluções subversivas para implantação do “socialismo” no Brasil e na América Latina. No mesmo compasso de revolta consciente, uma juventude que vota em massa no Capitão Bolsonaro e que se recusa mergulhar na suja lavagem cerebral do marxismo cultural a rebocar os ditames do multiculturalismo, do gayzismo, do acirramento racial como forma de luta de classes, da liberação das drogas e demais heresias da agenda “progressista”.
Eis o fato: quem não entender a realidade acima apontada simplesmente perdeu o bonde da história.
P.S. 1 – É possível que Bolsonaro, mesmo esfaqueado, ganhe no primeiro turno. Trata-se de uma percepção política do inelutável. E para provar que não é um sujeito odiento, o Capitão afirmou alto e bom som que se perder o segundo turno cumprimentará o vencedor.
P.S. 2 – Ao contrário do que se pensa, o bom ator Carlos Vereza, ao apoiar Bolsonaro, não é “uma espiga de milho em meio ao cafezal” (ponto para Euclides da Cunha). Conheço dezenas de atores que raciocinam de modo idêntico.
(*) Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.