Ministro da Educação admite “erro” e muda conteúdo de comunicado totalitarista às escolas sobre Hino

A horda bolsonarista esperneou aos bolhões durante a madrugada desta terça-feira (26) para tentar defender o indefensável ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, que no dia anterior foi centro de uma polêmica envolvendo carta, de sua lavra, enviada a escolas públicas e particulares do País em que pedia aos professores que lessem mensagem que finalizava com o slogan da campanha de Bolsonaro e filmassem os alunos durante a execução do Hino Nacional.

Que o governo atual flerta com o retrocesso e o obscurantismo todos sabem, apenas porque o presidente da República nada tem para entregar além de uma enxurrada de espuma capaz de anestesiar a opinião pública. Porém, querer despejar pílulas totalitaristas sobre uma democracia é excesso de ousadia. Se o objetivo de Vélez Rodríguez é dar vazão à sua conhecida sabujice, que procure outras plagas para esse exercício de submissão nauseante, pois o cidadão não pode ser transformado em cobaia de retrógrados.

Diante da repercussão negativa do episódio, até porque não poderia ser diferente, Vélez afirmou nesta terça-feira que determinou à sua assessoria a retirada da mencionada carta do trecho em que pede que crianças sejam gravadas em vídeo após serem perfiladas para cantar o Hino Nacional. O ministro também disse que “percebeu o erro” de inserir o slogan da campanha de Jair Bolsonaro, “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”, ao final do e-mail enviado às escolas.


“Eu percebi o erro. Tirei essa frase (com slogan do governo). Tirei a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais. Evidentemente se alguma coisa for publicada será dentro da lei, com a autorização dos pais. Saiu hoje (terça-feira) de circulação”, disse brevemente a jornalistas.

Na página oficial do Ministério da Educação (MEC), no Twitter, uma nota informa que o pedido foi encaminhado para os “diretores que desejarem atender voluntariamente o pedido do ministro”.

Como afirmou o UCHO.INFO em matéria anterior, os brasileiros de bem, que não aceitam se submeter a decisões estapafúrdias, como a de Ricardo Vélez Rodríguez, devem reagir prontamente a qualquer tentativa do governo de transformar o País em uma nação de tutelados.

Aliás, Vélez Rodríguez, que já deveria ter sido demitido, continua devendo uma explicação sobre sua destemperada entrevista à revista veja, na qual chamou o brasileiro de “canibal”. Ao justificar a necessidade de mais educação, o ministro disse que o brasileiro “rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola”.