Coutinho, ex-atacante do Santos FC e da Seleção Brasileira, morre aos 75 anos

Antônio Wilson Vieira Honório, o Coutinho, que defendeu o Santos Futebol Clube, morreu nesta segunda-feira (11) aos 75 anos, no litoral paulista. Coutinho foi campeão do Mundo em 1962 com a Seleção Brasileira e fez a famosa dupla de ataque com Pelé

Natural de Piracicaba, no interior de São Paulo, Coutinho estava na casa da filha, com quem morava havia quatro meses, quando foi acometido por infarto agudo no miocárdio em decorrência de diabetes e hipertensão arterial sistêmica.

O velório ocorre a partir da 1 hora desta terça-feira (12) no Salão de Mármore da Vila Belmiro e o sepultamento está marcado para acontecer às 18 horas na Memorial Necrópole Ecumênica, também em Santos, informou o Alvinegro praiano.

Considerado um dos maiores centroavantes da história do futebol, Coutinho era estratégico ao se posicionar na área adversária e normalmente cirúrgico ao bater na bola na direção do gol, quase sempre com sutileza e precisão. Tanto é assim, que a crônica esportiva da época lhe cunhou o apelido de “gênio da pequena área”.


Coutinho integrou o inesquecível time do Santos FC das décadas de 50 e 60, ao lado de Dorval, Mengálvio, Pelé e Pepe. Esse quinteto, presença obrigatória no discurso dos amantes do futebol, dificilmente será reeditado em algum momento, pois está para nascer uma geração de talentos desse naipe.

Pelé lamentou a morte do amigo de tantos títulos: “É uma grande perda. A tabelinha Pelé Coutinho fez o Brasil ficar mais conhecido no mundo todo. Tenho certeza que um dia faremos tabelinha no céu. Minhas condolências à família”, declarou o Rei do Futebol.

Pelé e Coutinho conquistaram juntos seis edições do Campeonato Paulista (1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967), cinco da Taça Brasil, o Campeonato Brasileiro da época (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965), quatro do Torneio Rio-São Paulo (1959, 1963, 1964 e 1966), duas da Copa Libertadores (1962 e 1963) e duas do Mundial (1962 e 1963).

Pepe, outro companheiro de Coutinho, também falou sobre a perda do amigo de tantas glórias. “Ele estava com problemas, mas fora isso continuava sendo aquele moço alegre. É um cara feliz, que viveu uma vida feliz até onde deu”, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes.