Deslumbrado com visita oficial aos EUA, Bolsonaro dispara fake news sobre hospedagem na Blair House

Diz a sabedoria popular que “quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”. Jair Bolsonaro, que conseguiu a proeza de permanecer durante 28 anos no baixo clero da Câmara dos Deputados, está deslumbrado com as benesses decorrentes do cargo de presidente da República, por mais que insista em vender a imagem de homem simples, como afirmam seus devotos. Prova disso é o séquito de seguranças que o cerca, sem que até agora tenham sido comprovadas as supostas ameaças ao presidente.

Em viagem oficial aos Estados Unidos, onde encontrará o seu ídolo maior, o igualmente atrapalhado Donald Trump, o presidente brasileiro não esconde o encantamento de estar hospedado na Blair House, juntamente com a comitiva brasileira.

No Twitter, Bolsonaro escreveu que hospedar-se na Blair House é uma “honraria concedida a pouquíssimos chefes de Estado, além de não custar um centavo aos cofres públicos”.


Que Jair Bolsonaro é dado a recorrentes vexames todos sabem, até mesmo seus adoradores, que veem graça nesses momentos de estupidez explícita, mas é preciso lembrar que não foram pouquíssimos chefes de Estado a se hospedarem na Blair House, palácio destinado a receber os convidados do governo norte-americano e está localizado próximo à Ala Oeste da Casa Branca.

Para o desespero de Bolsonaro e também para desconstruir seu discurso tosco e ufanista, também ficaram hospedados na Blair House os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio da Silva e Dilma Rousseff.

Sem ter mostrado a que veio, passados 68 dias de seu governo, Bolsonaro precisa dessa cortina de fumaça para distrair a opinião pública, que por enquanto não percebeu o fiasco que promete ser um governo que se dedica a fermentar questões ideológicas, quando na verdade deveria se debruçar principalmente sobre os assuntos econômicos.

Que ninguém espere nada de diferente nos próximos anos, pois Jair Bolsonaro, além de ser mais do mesmo, é uma figura despreparada, dada às fanfarronices, refém das bizarrices cibernéticas dos filhos e sem estofo para cargo de tamanha importância. Em suma, o Brasil que se cuide.