Copa do Qatar: Fifa desiste do formato com 48 seleções em 2022

A Copa do Mundo de 2022, no Qatar, seguira o modelo atual com 32 seleções, em vigor desde 1998, contrariando os defensores da ideia de expandir o número de equipes participantes do torneio para 48. Antes, entre 1982 e 1994, o Mundial contava com a participação de 24 seleções.

De acordo com a Fifa, a decisão foi tomada após consulta a investidores e patrocinadores, sendo que prevaleceu o fato de que boa parte da organização e do planejamento para o próximo Mundial já realizada com base no formato vigente. Ou seja, faltando menos de quatro anos para a Copa do Qatar é arriscado readequar o projeto da competição para o novo formato.

“Depois de um processo de consulta exaustivo e integral com a participação de todas as partes interessadas, se chegou à conclusão de que, nas circunstâncias atuais, tal proposta não pode ser feita agora”, informou o Conselho da Fifa por meio do comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira (22).


O jornal inglês “The Times” publicou na edição desta quarta-feira que fatores logísticos e políticos também influenciaram na decisão que manteve o formato atual do torneio. Para realizar a Copa com 48 países, algumas partidas precisariam ser disputadas fora do Qatar, em virtude do tamanho do território. Isso exigiria a realização de partidas em países vizinhos, com os quais o Qatar tem relações diplomáticas complexas e tensas, como, por exemplo, Emirados Árabes e Arábia Saudita.

“Uma análise conjunta, a este respeito, concluiu que, devido à fase avançada dos preparativos e a necessidade de avaliação do potencial impacto logístico no país-sede, mais tempo seria necessário e uma decisão não poderia ser tomada antes do prazo final de junho. Foi, portanto, decidido não prosseguir com esta opção”, ressaltou a Fifa no comunicado.

A Copa do Mundo com 48 seleções deverá acontecer somente em 2026, quando Canadá, México e Estados Unidos compartilharão o torneio, mas ainda depende de acertos no projeto e adequações logísticas. Presidente da Fifa, Gianni Infantino trabalha para incrementar o Mundial em termos de alcance de público, patrocinadores e direitos de transmissão do evento.