A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta-feira (24) que suspendeu em caráter cautelar todas as operações da empresa aérea Avianca Brasil.
“Com a medida, estão suspensos todos os voos até que a empresa comprove capacidade operacional para manter as operações com segurança. A decisão foi tomada com base em informações prestadas à área responsável por segurança operacional da Agência”, ressalta a nota da Anac.
A Anac recomenda que os passageiros com voos marcados para os próximos dias na Avianca entrem em contato com a empresa e evitem se descolar até o aeroporto antes de terem informações sobre sua situação. A empresa aérea segue obrigada a oferecer aos passageiros opções como reembolso e reacomodação em voos de outras companhias.
Recuperação judicial
A Avianca Brasil detinha 13,77% do mercado brasileiro de aviação comercial quando entrou em recuperação judicial, em dezembro de 2018. Então quarta maior empresa aérea do País, a Avianca enfrentava dificuldades para honrar compromissos antes de optar pela recuperação.
Empresas que arrendaram aeronaves para a empresa aérea recorreram à Justiça para recuperar os aviões. Com a redução da frota, a Avianca foi obrigada a cancelar um número cada vez maior de voos, o que prejudicou sobremaneira a situação da companhia.
Por ocasião dos fatos, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Avianca Brasil e à Anac informações sobre providências tomadas para minimizar prejuízos causados aos clientes da companhia em razão da crise.
Greve de funcionários
No último dia 17 os tripulantes da Avianca Brasil entraram em greve, que foi suspensa temporariamente no dia 19. Os trabalhadores disseram que paralisaram as atividades por conta de salários e benefícios atrasados.
A greve foi suspensa em assembleia por causa de decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) em favor da Avianca, determinando que os tripulantes mantivessem 60% do contingente da empresa em atividade durante a paralisação.
Pilotos e comissários da companhia aérea decidiram na quinta-feira (23) dar início a nova greve. A paralisação aconteceria a partir desta sexta-feira, nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. (Com ABr)