Um Boeing 737-800 da empresa Ukraine International Airlines, com 180 passageiros a bordo, caiu na manhã desta quarta-feira (8) após decolar do Aeroporto Internacional Iman Khomeini, em Teerã. A aeronave, que fazia o voo 752, partiu da capital iraniana com destino a Kiev, na Ucrânia. De acordo com informações preliminares, o avião teve problemas técnicos
O acidente ocorre no momento em que as tensões entre Irã e Estados Unidos alcançaram níveis preocupantes, principalmente depois dos ataques aéreos da Guarda Revolucionária iraniana a bases militares americanas no Iraque.
Esse cenário de beligerância permitiu, nos primeiros momentos, que o acidente aéreo fosse considerado um eventual desdobramento da queda de braços entre Washington e Teerã, já que o presidente Donald Trump postergou o pronunciamento que faria à opinião pública americana na noite de terça-feira sobre o conflito no Oriente Médio.
Considerando a possibilidade de uma tréplica por parte dos EUA, diante dos ataques às bases americanas no Iraque, a eventual derrubada de uma aeronave de passageiros não apenas colocaria a opinião pública internacional contra Trump, mas seria um tiro no pé por atingir a credibilidade da Boeing, que não vive bons momentos por conta da versão MAX do 737.
A notícia da queda do avião ucraniano surgiu logo após o presidente do Irã, Hassan Rouhani, postar no Twitter que os EUA não deveriam ameaçar seu país, pois deveria se recordar do número 290. Na publicação, Rouhani fez referência ao número de passageiros que estavam a bordo de um avião iraniano derrubado pela Marinha americana, em julho de 1988, no Golfo Pérsico, sem deixar sobreviventes.
Um vídeo divulgado pela agência de notícias ISNA mostra um rastro de fogo no céu. De acordo com a agência, as imagens são da aeronave, mas a autenticidade do vídeo ainda foi confirmada oficialmente. Até o momento não há informações sobre vítimas.