Após Itália confirmar 11ª morte por coronavírus, Suíça, Croácia, Áustria e Espanha registram primeiros casos

A Itália registrou nesta terça (25) a décima primeira morte pelo novo coronavírus (Covid-19). As regiões norte e nordeste da Itália são o principal foco da doença, embora a epidemia tenha avançado em direção ao sul do país europeu.

De acordo com dados fornecidos pelas autoridades de saúde italianas, já passam de 320 os casos de coronavírus em todo o país, o que fez aumentar a preocupação da população local em relação ao avanço da doença. As principais vítimas do Covid-19 são idosos com problemas prévios de saúde ou que estavam hospitalizados.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte reconheceu falhas em um hospital da região de Milão que favoreceu a propagação do novo coronavírus. De acordo com informações ainda não confirmadas, o hospital recebeu um doente considerado o “paciente número um” e desde então o vírus se propagou, com grande concentração de casos na região da Lombardia.

O cenário do coronavírus na Itália provocou um efeito cascata no setor de turismo em relação a medidas de contenção da doença. Ao menos 40 passageiros de um voo da Alitalia, de distintas regiões do norte da Itália, foram impedidos de entrar nas Ilhas Maurício e obrigados a retornar a Roma.

 
De igual modo, centenas de turistas se encontram confinados em um hotel de Tenerife (nas Ilhas Canárias, Espanha) onde esteve hospedado um italiano que poderia ser portador do coronavírus.

Outros países europeus próximos à Itália, como Suíça, Croácia, Áustria e Espanha, registraram seus primeiros casos de Covid-19. O caso suíço é de um homem que esteve recentemente na cidade de Milão, que nos últimos dias recebeu inúmeros turistas por conta da “Milano Fashion Week”.

Os ministros da Saúde dos países vizinhos à Itália se comprometeram, nesta terça-feira (25), a manter as fronteiras abertas apesar do surto do novo coronavírus no país, informou Roberto Speranza, o ministro italiano da Saúde.

Os ministros consideram o fechamento de fronteiras algo “ineficaz e desproporcional”, indicou Speranza, após reunião com os colegas da França, Suíça, Áustria, Eslovênia, Croácia, Alemanha e um representante da União Europeia.