Com menos de uma semana no cargo, Regina Duarte teve oito nomeações anuladas por ordem de Bolsonaro

 
A ordem maior no Palácio do Planalto é “fazer fumaça” a qualquer custo para salvar um presidente da República que abusa dos factoides para disfarçar sua avassaladora incompetência. Tal receita não é exclusividade de Jair Bolsonaro, vez que outros governantes valeram-se desse estratagema para escapar de imbróglios oficiais. A única diferença é que Bolsonaro em mais de uma ocasião o atual presidente da República declarou-se incompetente, algo desnecessário pois sua trajetória como parlamentar fala por si.

A mais nova fonte de “fumaça” governista está estacionada na Secretaria Especial da Cultura, onde a atriz Regina Duarte começa a enfrentar as serpentes do bolsonarismo. Inocente, já que acreditou na promessa da tão sonhada “carta branca”, Regina tem sido desautorizada pelo Palácio do Planalto no que tanges às suas nomeações para a pasta.

Nas últimas horas, por ordem de Bolsonaro, o Palácio do Planalto vetou oito nomeações feitas por Regina Duarte, tendo como filtro a questão ideológica. Em outras palavras, pouco importa se o nomeado tem currículo adequado para o cargo. Sendo defensor das ideias obtusas do governo e obediente a Bolsonaro, um governante autoritário e debochado, está de acordo com o que esperam os palacianos sabujos.

 
A primeira indicada por Regina Duarte que teve a nomeação anulada é Maria do Carmo Brant de Carvalho, escolhida para comandar a Secretaria da Diversidade. Maria do Carmo foi alvo de críticas de aliados de Bolsonaro por ter comandado a Secretaria de Assistência Social durante o governo de Dilma Rousseff. O ministro-chefe da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, tornou sem efeito a nomeação.

Na sequência, outros nomes foram vetados pelos palacianos por determinação de Bolsonaro, que avisado pelos filhos sobre o que está ocorrendo na Secretaria da Cultura. Outro “barrado no baile” da Viúva Porcina é Humberto Braga, ex-presidente da Funarte e com quem Regina contava para ser o número 2 da Secretaria.

No dia da posse, após um discurso grotesco e marcado por desnecessária dramatização, Regina Duarte lembrou da prometida “carta branca”, mas em seguida ouviu de Bolsonaro que a ele [presidente] cabe o poder de veto. O que está se confirmando dias depois da posse da nova secretária da Cultura.

Como noticiou o UCHO.INFO na edição de segunda-feira (9), crescem nos bastidores do governo Bolsonaro as apostas sobre o tempo que a ex-atriz global durará no cargo. Até porque, o vereador Carlos Bolsonaro, conhecido como Carluxo ou “02”, garantiu a interlocutores que sua missão no momento é implodir a ex-namoradinha do Brasil. Não custa lembrar que Carluxo comanda o malfadado “gabinete do ódio” que funciona no Palácio do Planalto às custas do suado dinheiro do contribuinte.