Para o UCHO.INFO, governante que depende da polêmica para estar em evidência não merece crédito nem respeito. Sem exceção! Isso vale para Jair Bolsonaro e Donald Trump, que abusam da fanfarronice como forma de alimentar o populismo barato. Vale também para Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, 55 anos, que em vídeo publicado em rede social nesta sexta-feira (27) anunciou ter contraído a Covid-19.
Primeiro líder global a contrair a doença, pelo menos oficialmente, Johnson afirmou ter apresentado nas últimas 24 horas sintomas leves da Covid-19 (tosse seca e febre) e recomendou a todos que continuem respeitando as orientações do governo.
“Obrigado a todos que estão fazendo o mesmo que eu, trabalhando de casa para conter a disseminação do vírus. Vamos vencer juntos”, disse o premier britânico no vídeo. “Fiquem em casa. Protejam o NHS [sistema público de saúde]. Salvem vidas”, emendou.
Para quem, no começo da pandemia, defendeu a “imunidade de rebanho”, tese que previa que a população não deveria permanecer em isolamento como forma de se tornar imune ao novo coronavírus, Boris Johnson não apenas experimenta a fúria do causador do Covid-19, mas o veneno das suas irresponsáveis palavras.
A proposta consistia em permitir que o vírus circulasse entre a população para que, com grande parcela populacional imune (60% a 70%), fosse possível interromper a transmissão do novo coronavírus. Isso porque, segundo Boris Johnson, porque a possibilidade de se encontrar uma pessoa imune seria muito maior do que se deparar com alguém infectado pelo vírus e ser contaminado. Ou seja, Johnson, como muitos governantes populistas, acredita ser cientista.
Além do primeiro-ministro Boris Johnson, o único chefe de Estado ou de governo que anunciou ter contraído a Covid-19 foi o príncipe Albert 2º, de Mônaco. Na quarta-britânica (25), a família real britânica anunciou que o príncipe Charles, 71 anos, testou positivo para o coronavírus.
Entre outras lideranças internacionais infectadas pelo novo coronavírus estão o prefeito de Miami, Francis Suárez; o senador norte-americano Rand Paul; o vice-presidente do Irã, Eschaq Jahangiri; o ministro da Habitação da Austrália, Peter Dutton; e a responsável britânica por Saúde Mental, Nadine Dorries. (Com agências internacionais)