Após crítica de Carlos Bolsonaro, BB volta a anunciar em site bolsonarista que divulga notícias falsas

 
O mal que o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e assessores mais radicalizados vêm causando à democracia brasileira precisa ser interrompido com urgência, sob pena de o País mergulhar de vez no autoritarismo, sem direito a reverter o quadro no curto prazo.

Em mais uma ação decorrente do despotismo bolsonarista, o Banco do Brasil reviu a decisão de suspender a veiculação de propaganda “Jornal da Cidade Online”, site alinhado ao governo e acusado de publicar notícias falsas. O veto do BB ao referido site de notícias foi retirado após o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ter criticado a decisão da instituição financeira.

Mais cedo, o chefe da Secretaria de Comunicação da presidência, Fábio Wajngarten, um pelego da família Bolsonaro, declarou que contornaria a situação, o que acabou acontecendo horas depois. O departamento de marketing e comunicação do BB, sob o comando de Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, classificou como exagerado o bloqueio e retomou a veiculação de propaganda no referido site.

Entre hierarquia e submissão há uma diferença considerável, sendo que a primeira baseia-se na estrutura organizacional, enquanto a segunda é movida pelo totalitarismo e pela sabujice oficial.

 
Responsável pelo chamado “gabinete do ódio”, que atua para atacar adversários do governo, Carlos Bolsonaro, o “02”, criticou a decisão do departamento de marketing do Banco do Brasil, que anunciou a suspensão dos anúncios em página eletrônica conhecida por notícias falsas.

“Marketing do @BancodoBrasil pisoteia em mídia alternativa que traz verdades omitidas. Não falarei nada pois dirão que estou atrapalhando… agora é você ligar os pontinhos mais uma vez e eu apanhar de novo, com muito orgulho! Obs: não conheço ninguém do @JornalDaCidadeO”, escreveu o filho do presidente no Twitter.

O BB foi informado pelo Sleeping Giants Brasil, perfil no Twitter que alerta empresas quando suas publicidades estão em sites com conteúdo racista ou de notícias falsas. O Sleeping Giants informou ao banco que sua campanha estava sendo veiculada em página conhecida por divulgar notícias falsas e contra o isolamento social.

A decisão do Banco do Brasil de rever o veto ao site e retomar a veiculação de propaganda é mais um ingrediente que fermentará o inquérito sobre notícias falsas que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e cujas investigações já teriam chegado a pelo menos dois filhos do presidente da República.

É inaceitável o fato de o futuro do País estar sendo decidido por pessoas que atacam adversários políticos e ideológicos de maneira criminosa, apostam na cizânia da sociedade e incentivam a divulgação de notícias inverídicas, repetindo o que Jair Bolsonaro e sua trupe fizeram durante a corrida presidencial, em 2018.