Há dias, o governador de São Paulo, João Dória Júnior (PSDB), disse que o Campeonato Brasileiro só começaria após o encerramento do Paulistão, suspenso em razão da pandemia do novo coronavírus. Se o chefe do Executivo paulista pode decidir sobre a principal competição do futebol nacional não se sabe, mas o Campeonato Paulista será retomado no próximo dia 22, sem a presença de público.
Em entrevista coletiva concedida ao lado de membros da Federação Paulista de Futebol (FPF), Dória afirmou que os jogos serão disputados com os portões fechados e somente em cidades que estejam na “fase amarela” do plano do governo de retomada das atividades. A final da competição está prevista para o dia 8 agosto. A CBF, por sua vez, anunciou que o Brasileirão começará no dia 9 de agosto.
“O Centro de Contingência da Covid-19 aprovou, em conjunto com a Federação Paulista de Futebol, com assistência médica da Federação Paulista de Futebol, o novo protocolo da retomada do Campeonato Paulista. Os jogos deverão ocorrer obrigatoriamente em cidades que estejam na fase amarela do Plano São Paulo e em estádios sem a presença da torcida”, afirmou o governador.
O Paulistão foi interrompido em 16 de março, quando faltavam apenas duas rodadas para o fim da primeira fase. Com a retomada do certame, um dos primeiros jogos do retorno será o clássico entre Corinthians e Palmeiras, na Arena Corinthians, em Itaquera, zona leste da cidade de São Paulo.
Coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes elogiou o protocolo médico-sanitário apresentado pela FPF, com destaque para as zonas de exclusão dentro dos estádios e os cuidados com testes para o novo coronavírus.
“O protocolo médico foi aprovado de forma unânime. Estamos lidando com uma situação de baixo risco de contágio, pela excelente condição física e de saúde dos jogadores”, declarou Menezes.
As zonas de exclusão estão divididas em três áreas. A azul corresponde ao campo e setores internos do estádio, como os vestiários. Na zona azul só poderão circular jogadores, técnicos e pessoas diretamente envolvidas na partida. A amarela compreende as arquibancadas, cabines e portões, onde estarão cinegrafistas e profissionais do árbitro de vídeo. A zona vermelha corresponde à parte externa dos estádios, que nesse momento só terá a presença de seguranças, motoristas e policiais. A Federação prevê média de 200 profissionais em atividade a cada jogo.
Há por parte da direção da FPF e dos clubes certa preocupação com a possibilidade de torcedores se aglomerarem nas cercanias dos estádios, mas o presidente da Federação, Reinaldo Carneiro Bastos, pediu para que as pessoas tenham consciência do momento que o País vive e evitem a disseminação do vírus causador da Covid-19.
“Vamos usar nossa comunicação, dos clubes, para fazer uma divulgação em massa alertando que não é possível que torcedores compareçam aos estádios”, afirmou Bastos. Dória prometeu fiscalizar o entorno dos estádios. “Haverá uma ação da Polícia Militar de forma preventiva para evitar a aglomeração. Também não será permitida a presença de ambulantes de nenhuma espécie”, completou.
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