Aprovação do governo Bolsonaro sobe em meio à pandemia; auxílio emergencial foi “mola propulsora”

 
A aprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro subiu para 40%, de acordo com os resultados de pesquisa do Ibope divulgados nesta quinta-feira (24). O levantamento mostrou um aumento de 11 pontos percentuais na avaliação do governo, na comparação com a pesquisa anterior realizada em dezembro do ano passado.

De acordo com o Ibope, 40% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom, enquanto 29% o consideram ruim ou péssimo, mesmo percentual dos que o avaliam como regular, enquanto 2% não responderam ou disseram não saber.

No levantamento anterior do Ibope, divulgado em dezembro de 2019, 29% avaliavam o governo como ótimo ou bom; 38% como ruim ou péssimo, 31% como regular, e 3% não sabiam ou não responderam.

A confiança no presidente e a aprovação de seu modelo de governar também registraram aumentos. O índice de confiança em Bolsonaro é de 46%, contra 51% que afirmam não confiar no mandatário. Entre as pessoas pesquisadas, 3% não souberam ou não quiseram responder.

De acordo com a pesquisa, a maneira de governar de Bolsonaro recebeu aprovação de 50%, contra 45% dos que a reprova. Outros 5% não responderam ou não sabem.

O levantamento avaliou também a expectativa da população sobre o governo Bolsonaro. Segundo o Ibope, 36% avaliam que a atuação do governo nos próximos anos deverá ser ótima ou boa, contra 30% que esperam que seja ruim ou péssima.

 
Para 29%, o restante do mandato do presidente deverá ser apenas regular. Esses percentuais tiveram variações dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais.

O Ibope avaliou também a atuação do governo em setores específicos. Apesar dos altos números da pandemia de covid-19 no Brasil – com mais de 138 mil mortes e 4,6 milhões de casos em todo o país –, o desempenho do governo na área da saúde é aprovado por 43% dos entrevistados, enquanto 55% o reprovam. Sobre este quesito, 2% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

Os setores em que o governo enfrentou maiores reprovações foram meio ambiente (57%), combate ao desemprego (60%), taxa de juro (64%) e impostos (67%). As maiores aprovações foram registradas nas áreas da segurança pública (51%), combate à fome e à pobreza (48%) e educação (44%).

O salto da aprovação do governo é decorrente do auxílio emergencial, que fez com que parte da população mudasse de opinião em relação ao presidente da República, que até então não havia tomado qualquer decisão em favor do trabalhador. O brasileiro precisa compreender que os recursos utilizados para o pagamento do auxílio são públicos, ou seja, Bolsonaro qualquer caridade.

Ademais, faz-se necessário ressaltar que a proposta inicial do governo era pagar aos chamados “invisíveis” três parcelas de R$ 200, valor que foi alterado pelo Congresso Nacional para R$ 500. Temendo uma derrota política avassaladora, o presidente sugeriu, então, que o auxílio fosse de R$ 600. Porém, não se deve esquecer que com o fim do auxílio emergencial os índices de aprovação do governo e do presidente devem despencar na sequência, fazendo com que a voz da fome e das dificuldades fale mais alto.

A pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizada entre os dias 17 e 20 de setembro e ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios. Segundo a CNI, a confiança nos resultados da pesquisa é de 95%.

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