O líder norte-coreano, Kim Jong-un, pediu desculpa pela morte de um funcionário da Coreia do Sul nas suas águas territoriais, anunciou nesta sexta-feira (25) o gabinete da presidência de Seul.
O pedido foi feito através de uma carta endereçada ao presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, um dia depois que as autoridades sul-coreanas afirmaram que soldados norte-coreanos mataram um funcionário do governo sul-coreano e, em seguida, atearam fogo ao corpo dele.
Segundo as autoridades em Seul, o homem, de 47 anos, desapareceu na segunda-feira de um navio de patrulha do Ministério dos Oceanos e da Pesca que verificava se ocorria pesca irregular em águas do sul, perto da ilha de Yeonpyeong, um dia antes de ser encontrado do lado norte da divisa.
A Coreia do Norte enviou agentes de fronteira, usando máscaras de gás e a bordo de um bote, para as proximidades de onde o homem estava, na última terça-feira (22), para interrogá-lo. Mais tarde, um bote da marinha norte-coreana foi até o local, e militares dispararam contra ele, segundo o Ministério da Defesa da Coreia do Sul.
Depois, marinheiros vestindo roupas de proteção e máscaras de gás jogaram gasolina e atearam fogo ao corpo, relatou o ministério, afirmando que a ação foi gravada por câmaras de vigilância.
Na carta, a Coreia do Norte admite que foram disparados cerca de dez tiros contra o homem, que “entrou ilegalmente em nossas águas” e se recusou a fornecer a identificação adequada. Posteriormente, seu corpo foi aparentemente cremado como medida de precaução contra a pandemia de coronavírus.
De acordo com a agência noticiosa da Coreia do Sul, Yonhap, Kim qualificou o incidente como “um caso vergonhoso” e pediu desculpa por “desapontar o presidente Moon Jae-in e os sul-coreanos”.
As relações entre as duas Coreias continuam tensas, em especial após o impasse nas negociações nucleares entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. Pedidos de desculpas do regime norte-coreano são extremamente raros.
O incidente havia estremecido ainda mais as relações já tensas entre os países vizinhos. As tensões aumentaram significativamente desde o fracasso de uma reunião de cúpula entre Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump, em fevereiro do ano passado. Desde então, as negociações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte sobre o desmantelamento do programa nuclear norte-coreano estão suspensas. (Com agências internacionais)
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