Professor que exibiu caricaturas de Maomé na sala de aula é decapitado nos arredores de Paris

 
Um homem foi decapitado nesta sexta-feira (16) em um subúrbio a noroeste de Paris, de acordo com informações da imprensa francesa. O agressor foi morto a tiros por policiais. A polícia foi acionada por volta das 17 horas (12h em Brasília), após receber uma ligação alertando sobre a presença de um homem suspeito portando uma faca nas ruas da cidade de Eragny, nos arredores da capital francesa.

De acordo com o jornal “Le Figaro”, policiais pediram para que ele largasse a arma, mas o suspeito “reagiu de maneira agressiva e ameaçadora”, e acabou baleado. Um perímetro de segurança chegou a ser estabelecido em volta do corpo e o esquadrão antibomba foi acionado por temor de que o homem estaria usando colete explosivo.

Pouco depois, policiais encontraram o corpo de um homem decapitado a 200 metros de onde o agressor foi morto, próximo de uma escola na cidade vizinha de Conflans-Saint-Honorine.

Segundo declarou uma fonte da polícia à imprensa francesa, a vítima se chamava Samuel P., professor de história que mostrou caricaturas de Maomé para alunos, como parte de um debate sobre liberdade de expressão em classe.

Já o agressor, segundo o jornal “Le Parisien”, seria um homem de origem argelina, nascido em 1972. Uma testemunha do crime disse à agência AFP que ouviu o suspeito gritar “Allahu Akbar” (‘Alá é maior”).

 
Diante desses elementos, a seção antiterrorismo do Ministério Público francês abriu uma investigação por “assassinato em conexão com motivação terrorista” e “associação criminosa terrorista”. A Subdireção Antiterrorismo (SDAT) da polícia e a Direção-Geral de Segurança Interna também foram acionadas.

Depois do ataque, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que o professor foi vítima de um “atentado terrorista islâmico”. “Um dos nossos concidadãos foi assassinado porque ensinou, ensinou aos seus alunos a liberdade de expressão, sobre crer ou não crer”, disse o mandatário.

Macron erra, como a grande maioria, ao falar em “atentado terrorista islâmico”, quando na verdade o que vem ocorrendo nos últimos anos são atentados perpetrados por muçulmanos fundamentalistas, que não aceitam outras religiões, rejeitam os costumes ocidentais e cultuam o radicalismo como forma de expressão.

O caso ocorre três semanas depois de um ataque à antiga redação do jornal satírico “Charlie Hebdo”, em Paris. Em 26 de setembro, um muçulmano de origem paquistanesa feriu duas pessoas nos arredores do local onde ficava a redação. À polícia, ele disse que estava furioso com as caricaturas de Maomé que o jornal publicou, algo considerado uma blasfêmia por islâmicos radicais.

Em 2015, o local foi palco de uma chacina executada por terroristas islâmicos que deixou 12 mortos. Eles também alegaram que conduziram o ataque terrorista por causa das caricaturas. (Com agências internacionais)

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