Jacinda Ardern vence eleições na Nova Zelândia; combate à Covid-19 foi importante “cabo eleitoral”

 
O Partido Trabalhista, da primeira-ministra Jacinda Ardern, obteve, neste sábado (17), a maioria dos votos nas eleições gerais da Nova Zelândia. A vitória da legenda, que era dada como certa, decorre também da atuação eficiente de Ardern no combate à pandemia do novo coronavírus.

O enfrentamento à Covid-19 esteve presente nos materiais da campanha do partido da premier neozelandesa e nos discursos eleitorais, que exibiam frases como “Nós temos Jacinda” e “Nos deem mais tempo”.

A vitória do Partido Trabalhista significa que o novo mandato de Jacinda Ardern, 40 anos, permitirá a formação de um governo unipartidário em décadas. Ao mesmo tempo, o triunfo eleitoral deixará caminho livre para o cumprimento da promessa de uma transformação progressista no país, esperada pela população no primeiro mandato, mas inviabilizada por causa da divisão do poder com uma legenda nacionalista.

Para muitos, o governo falhou ao não cumprir promessas centrais da campanha de Ardern, três anos atrás, como moradia financiável e combate à mudança climática e à pobreza.

 
Tradicionalmente, os neozelandeses reelegem seus governos. O Partido Nacional, de centro-direita, liderava as pesquisas em dezembro, mas “a Covid-19 mudou tudo”, o professor de polícia explica Grant Duncan. O Partido nacional evitou atacar a forma como o governo de Jacinda Ardem lidou com a pandemia, mas optou em anunciar que seus integrantes são melhores gestores econômicos.

“A Nova Zelândia mostrou o maior apoio ao Partido Trabalhista em quase 50 anos”, disse Ardern após a vitória. “Não vamos subestimar o apoio de vocês. Prometo que seremos um partido que governa para todos os neozelandeses.”

“Esta é uma mudança histórica”, afirmou o comentarista político Bryce Edwards, da Universidade de Victoria, ao falar sobre os resultados das urnas, considerados como uma das maiores mudanças da história eleitoral da Nova Zelândia em 80 anos.

O partido de Ardern deve ocupar 64 das 120 vagas no Parlamento nacional, maior número alcançado por qualquer legenda desde que a Nova Zelândia adotou o sistema de votos proporcionais em 1996. O analista político Geoffrey Miller disse que a vitória representa “um triunfo pessoal pela popularidade de ‘popstar’ de Jacinda Ardern”.

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