Não é novidade para os que seguem o jornalismo do UCHO.INFO que a atual política externa brasileira é baseada na diplomacia de lupanar, até porque o presidente Jair Bolsonaro e alguns sabujos do Itamaraty agem como messalinas a serviço da Casa Branca.
Resistindo a cumprimentar Joe Biden pela vitória na eleição presidencial americana, Jair Bolsonaro decidiu investir contra o democrata, que ameaçou retaliar economicamente o Brasil caso o governo brasileiro não tome providências para contes as queimadas e o desmatamento na Amazônia.
Nesta terça-feira (11), após meses se equilibrando sobre o fio do falso bom-mocismo, Bolsonaro, durante evento no Palácio do Planalto, acionou sua insana verborragia e ameaçou Biden e sugeriu usar “pólvora” se as promessas do presidente eleito dos EUA foram cumpridas.
“Quando acaba a saliva tem que ter pólvora. Não precisa nem usar a pólvora, mas tem que saber que tem”, afirmou presidente. “Assistimos há pouco um grande candidato à chefia de Estado dizendo que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele vai levantar barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas pela diplomacia não dá”, emendou.
Militar pífio e frustrado, Bolsonaro mostra com essa declaração que não apenas desconhece as mais básicas regras da diplomacia, mas ignora o poderio bélico dos Estados Unidos.
Estulto conhecido, Bolsonaro faz da boçalidade e da mentira armas para enfrentar aqueles que elege como adversários, como se tal estratégia produzisse resultados positivos. No momento em que o Brasil enfrenta dificuldades para sair do atoleiro da crise, criar uma frente de confronto com um dos principais parceiros econômicos do País é suicídio político.
No caso de a mencionada “pólvora” migrar do campo da figura de linguagem para o terreno da realidade, o Brasil será arrasado militarmente pelos EUA em menos de uma hora. Provocar a maior potência bélica do planeta é atitude de quem precisa de declarações absurdas para manter-se no noticiário.
Há quem diga que o presidente da República não é levado a sério, mas os brasileiros deveriam se preocupar com as constantes ameaças à democracia e ao Estado de Direito, antes que o pior aconteça. O comportamento de Bolsonaro é preocupante e talvez seja o caso de as autoridades pensarem na possibilidade de interdição. É preciso dar um basta à tirania e ao deboche de um tirano solitário que existe à sombra da teoria da conspiração.
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