Coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, o médico João Gabbardo dos Reis afirmou nesta quinta-feira (26) que o comitê recomendou ao governador João Dória Júnior (PSDB) a adoção de medidas mais restritivas para conter a escalada dos casos da doença.
Apesar do alerta, Dória avaliou que as recomendações serão contempladas pelo “Plano São Paulo”, que na próxima segunda-feira (30), um dia após o segundo turno da disputa pela Prefeitura paulistana, terá nova reclassificação.
“O Centro de Contingência aprovou por maioria enviar para o governo do estado algumas recomendações de aumento de restrições e algumas medidas que poderiam ser tomadas pelo governo do estado. O governo recebeu essas recomendações ontem e entende que essas sugestões estão embutidas dentro do Plano São Paulo e que serão anunciadas na próxima segunda-feira”, afirmou Gabbardo durante entrevista coletiva sobre a pandemia concedida no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.
O “Plano São Paulo” concentra e analisa os dados relacionados à pandemia do novo coronavírus no estado, ao mesmo tempo em que define e determina as medidas a serem adotadas para controlar a contaminação pelo vírus SARS-CoV-2.
A nova reclassificação estava marcada para o último dia 16, mas o governo paulista adiou em duas semanas a avaliação sob a justificava de melhor analisar os dados sobre a Covid-19.
“Eu quero reforçar que o Plano São Paulo vem baseado nos índices da [Secretaria de] Saúde. Os índices que mostramos agora não justificariam essas medidas mais restritivas. A qualquer instante que sentirmos que a vida está ameaçada, [falta de] disponibilidade de leitos de UTI e respiradores, assim faremos [impor medidas mais restritivas]”, afirmou Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde.
A decisão de adiar a reclassificação está relacionada diretamente com a eleição para a Prefeitura da maior cidade do País, onde parte da população é contrária à adoção de medidas para conter o avanço da pandemia. Esse cenário é fruto da falta de coordenação do governo federal no âmbito da covid-19, pois o presidente Jair Bolsonaro, além de negar a existência da doença, optou por politizar o tema, na esperança de mandar uma mensagem à radical base de apoiadores.
De acordo com os dados apresentados nesta quinta-feira, a situação da Covid-19 é pior na capital paulista, onde, na comparação com os últimos 30 dias, houve aumento de 46,5% dos casos da doença e de 14,4% nas internações. Contudo, as mortes decorrentes da Covid-19 registraram queda de 0,4% na cidade de São Paulo.
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